Principal destino dos brasileiros nas férias, areia das praias pode trazer problemas à saúde

Body part. Feet of a woman standing on the beach at sunset with a hat. close up.

O fim do ano chegou e, com ele, a vontade de aproveitar a praia. Muitos já se preparam para descer ao litoral e, seja com a família ou amigos, a ideia é apenas levar uma cadeira, um guarda-sol e curtir um banho de mar. Uma pesquisa do Ministério do Turismo aponta que 51% dos brasileiros preferem as praias como destino para as férias de verão.

No entanto, especialistas alertam: além de arrumar as malas, é fundamental tomar cuidados com a saúde durante o passeio. “O contato direto com a areia não causa doenças por si só. O problema é que, muitas vezes, a areia pode estar contaminada por microrganismos. Caso a contaminação alcance a boca, os olhos ou outras mucosas, isso pode causar infecções”, explica a clínica médica dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, Larissa Hermann.

Microrganismos presentes na areia incluem parasitas que se alimentam de materiais orgânicos no solo e podem transportar bactérias para o corpo humano, seja pela boca ou por feridas abertas.

Quatro dicas para evitar problemas com a areia:

Aproveitar a praia é um dos grandes prazeres do verão. Para isso, especialistas dão dicas para evitar problemas causados pelo contato com a areia.

1. Evite contato direto com boca, olhos e feridas abertas 

É comum crianças brincarem na areia e colocarem as mãos na boca ou até ingerirem um pouco de areia. “Nesses casos, o mais recomendado é observar possíveis sintomas, como febre e diarreia, e procurar um médico caso eles surjam. Também é importante higienizar as mãos frequentemente, principalmente antes de comer ou ao tocar superfícies após contato com a areia”, orienta Larissa.

Fungos e bactérias presentes na areia também podem causar contaminação por meio de feridas abertas, levando a infecções como micose e bicho-geográfico. Para prevenir, cubra bem as áreas expostas com curativos e mantenha uma boa higiene.

2. Use protetor solar e hidratante

A exposição prolongada ao sol pode causar queimaduras graves e vermelhidão, tornando o uso de protetor solar indispensável. Além disso, o contato frequente com a areia quente aumenta o risco de ressecamento e queimaduras na pele.

“A areia quente pode remover a camada de oleosidade natural da pele, deixando-a ressecada e mais vulnerável a queimaduras. Para evitar problemas, o ideal é evitar o contato direto prolongado, utilizando toalhas, cangas ou esteiras ao sentar ou deitar na areia. É fundamental aplicar e reaplicar o protetor solar ao longo do dia, pois ele oferece uma barreira adicional. O hidratante, por sua vez, é essencial para prevenir o ressecamento causado pelo atrito com a areia”, destaca a dermatologista dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru Anna Karoline Tomazini.

3. Cuidado com roupas íntimas úmidas 

Essa dica é especialmente importante para as mulheres. O biquíni úmido pode ser responsável por agravar doenças genitais, como a candidíase. O calor e suor excessivo já favorecem o crescimento de fungos na região vaginal, e a umidade prolongada cria um ambiente ideal para o desenvolvimento de microrganismos, principalmente quando há acúmulo de areia após um banho de mar ou ao sentar diretamente na areia.

“A vagina já tem bactérias e fungos naturalmente, mas o aumento significativo desses microrganismos pode desencadear doenças genitais. Para evitar problemas, é importante não sentar diretamente na areia, evitar permanecer com as roupas de banho molhadas por muito tempo e, sempre que possível, trocar a roupa e tomar um banho com água natural. Também é essencial reduzir o calor e a umidade na região íntima”, orienta a ginecologista do programa Saúde da Mulher do hospital São Marcelino Champagnat, Renata Hayashi.

4. Leve itens para limpeza

Além de bactérias e fungos, a areia fina pode causar problemas ao entrar em contato com os olhos, resultando em irritações e até lesões devido a arranhões e coceiras. “Os grãos de areia possuem superfícies ásperas que podem arranhar a córnea, a camada externa transparente do olho. Esses arranhões podem provocar dor intensa, vermelhidão, lacrimejamento excessivo e fotofobia, que é a sensibilidade à luz”, explica o oftalmologista dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Dhiogo Corrêa.

Para evitar complicações, recomenda-se levar colírios lubrificantes, soro fisiológico e uma garrafa de água limpa para a praia. Esses itens facilitam a limpeza dos olhos e ajudam a prevenir lesões ou irritações mais graves.

Sobre o Hospital São Marcelino Champagnat

O Hospital São Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).

Sobre o Hospital Universitário Cajuru

O Hospital Universitário Cajuru é uma instituição filantrópica com atendimento 100% SUS e com a certificação de qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA) nível 1. Está orientado pelos princípios éticos, cristãos e valores do Grupo Marista. Vinculado às escolas de Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), preza pelo atendimento humanizado, com destaque para procedimentos cirúrgicos, transplante renal, urgência, emergência, traumas e atendimento de retaguarda a Pronto Atendimentos e UPAs de Curitiba e cidades da Região Metropolitana.