‘Prévia’ do PIB indica alta de 0,86% em outubro, 6º mês seguido de resultado positivo, informa BC | Economia


A economia brasileira registrou crescimento em outubro, o primeiro mês do quarto trimestre, segundo números divulgados nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central. Esse também foi o sexto mês seguido de alta.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), teve expansão de 0,86% em outubro, na comparação com setembro. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.

Na comparação com outubro do ano passado, porém, o indicador registrou uma contração de 2,61%, informou o Banco Central.

Com o crescimento registrado em outubro, o IBC-Br atingiu 136,75 pontos. Com isso, ainda permaneceu abaixo do patamar de fevereiro, ou seja, de antes da pandemia (140,07 pontos).

Além disso, os números apontam para uma desaceleração no ritmo de crescimento. Em setembro, a economia havia avançado mais: 1,68% (número revisado) na comparação com agosto.

EVOLUÇÃO DO IBC-Br

Em %, na comparação com o mês anterior (após ajuste sazonal)

Fonte: Banco Central

Ainda de acordo com o BC:

  • No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, o índice de atividade econômica registra retração de 4,92% – sem ajuste sazonal.
  • Já em 12 meses até outubro de 2020, houve queda de 3,93% – também sem ajuste sazonal.

Os resultados do IBC-Br, neste ano refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, sentidos com maior intensidade na economia em março e abril. De maio em diante, os números mostram o início de uma reação.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os resultados do IBC-Br são considerados uma “prévia do PIB”. Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.

O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica, e o Banco Central indicou, no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que pode voltar a subir os juros no ano que vem, como já é esperado pelo mercado financeiro.

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Fonte: G1