Preços do petróleo caem mais de 4% e Brent recua abaixo de US$ 100 | Economia


Os preços do petróleo operam em queda nesta segunda-feira (11), com o barril do tipo Brent – principal referência internacional – recuando abaixo dos US$ 100, em meio a planos de liberação de volumes de estoques estratégicos.

Perto das 13h (horário de Brasília), o petróleo Brent tinha queda de 3,74%, a U$ 98,94 o barril, enquanto o WTI dos EUA recuava 3,61%, a US$ 94,71 o barril. Mais cedo, chegaram a cair mais de 4%.

Pesavam nos mercados nesta segunda-feira também temores de lockdown prolongado na China para conter a Covid-19 e de aceleração da inflação global.

Na sexta-feira, o barril do Brent fechou em alta de 2,18% em Londres, a US$ 102,78. Enquanto isso, em Nova York, o barril WTI subiu 2,32% e fechou a US$ 98,26.

Os países membros da Agência Internacional de Energia (AIE) liberarão 60 milhões de barris nos próximos seis meses, com os Estados Unidos participando com uma liberação de 180 milhões de barris anunciada em março.

A medida visa compensar um déficit no petróleo russo depois que Moscou foi atingida por pesadas sanções por sua invasão da Ucrânia

“A liberação de reservas estratégicas de petróleo do governo deve aliviar um pouco o aperto do mercado nos próximos meses, reduzindo a necessidade de aumento dos preços do petróleo para desencadear a destruição da demanda no curto prazo”, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.

Autoridades da União Europeia terão conversas em Viena com representantes da Opep nesta segunda-feira em meio a pedidos para que o grupo de produtores aumente sua produção, e enquanto o bloco europeu considera possíveis sanções ao petróleo russo.

A Opep tem resistido aos apelos dos Estados Unidos e da Agência Internacional de Energia para bombear mais petróleo com o objetivo de diminuir os preços, que atingiram um pico de 14 anos no mês passado após as sanções de Washington e Bruxelas impostas a Moscou pela invasão da Ucrânia

No início de março, o petróleo Brent chegou a bater US$ 139 o barril, a maior cotação desde 2008. Apesar do recuo nos últimos dias, ainda acumula um salto de mais de 25% no ano.

* Com informações da Reuters



Fonte:G1