Preços de remédios para hospitais caem pelo terceiro mês seguido – Notícias



O preço de medicamentos para hospitais recuou 2,29% em agosto, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (13) pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) da USP (Universidade de São Paulo). É a terceira queda consecutiva do indicador. A desaceleração no valor dos remédios coincide com a melhora nos indicadores de contaminação, internação e mortes por causa da pandemia de covid-19.


Mas apesar da sequência de baixas, o valor dos medicamentos acumula ganho de 9,93% nos últimos 12 meses e já saltou 7,85% entre janeiro e agosto deste ano.



De acordo com as as informações apresentadas pelo IPM-H (Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais), a queda de preços no mês de agosto foi guiada pelos remédios para o aparelho  cardiovascular (-9,91%), sistema nervoso (-8,34%) e sistema musculoesquelético (-5,97%).


Também ficaram mais em conta medicamentos hospitalares para preparos hormonais (-4,84%), anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-3,57%), aparelho digestivo/metabolismo (-2,29%), entre outros, diz o estudo.


Entram na lista desses grupos medicamentos utilizados pelos hospitais em casos graves relacionados à covid-19, como propofol (anestésico), fentanila (analgésico) e omeprazol (distúrbios gastrointestinais).


No comparativo com outros índices de preço, a variação mensal do IPM-H também foi inferior ao comportamento do IPCA/IBGE (inflação oficial) em agosto (+0,87%), bem como a inflação calculada pelo IGP-M/FGV (inflação do aluguel) no mesmo período (+0,66%).


Além disso, a diminuição captada pelo índice de preço de medicamentos para hospitais também contrasta com a variação positiva com a taxa média de câmbio no mês (+1,84%).




Sobre a pesquisa



Os pesquisadores ressaltam que o IPM-H não mensura o comportamento dos preços de medicamentos em farmácias, isto é, nos preços ao consumidor final (segmento varejo).


Além disso, o IPM-H não é uma medida de variação dos custos dos hospitais e/ou planos de saúde, que envolvem também gastos com equipamentos, procedimentos, materiais, recursos humanos e protocolos de tratamento/atendimento.



O índice é feito com base em dados de transações realizadas por meio da plataforma Bionexo desde janeiro de 2015.


* Estagiária do R7, sob supervisão de Ulisses de Oliveira




Fonte: R7