Por que o mercado ignora o resultado ruim da Eletrobras após privatização


A Eletrobras reportou lucro líquido de 1,4 bilhão de reais no segundo trimestre, uma queda de 45% em relação ao igual período de 2021. A companhia justifica a redução por impactos negativos nos balanços como o aporte de 890 milhões de reais na Santo Antônio às vésperas da privatização da empresa, as provisões para calote de 694 milhões de reais provocadas, sobretudo, pela inadimplência da distribuidora Amazonas Energia no que se refere a dívidas com a Eletrobras, e também pelos efeitos negativos de 625 milhões de reais referentes à variação cambial no período, uma vez que parte da dívida da empresa é exposta a dólar.

Apesar dos custos maiores, alguns analistas do mercado financeiro apontam que as despesas não serão recorrentes nos próximos trimestres e que os efeitos da privatização devem se sobressair nos próximos meses. “Os resultados relatados foram ofuscados por vários efeitos não recorrentes. Acreditamos que os resultados não são um gatilho, pois o foco vai para os próximos passos necessários após a privatização, como planos estratégicos e novos estatutos”, avaliam os analistas do Credit Suisse. Por volta de 12h30, os papéis da Eletrobras subiam 1,57% na bolsa, e acumulam valorização de 55% no ano.

Siga o Radar Econômico no Twitter


VEJA

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique. Assine VEJA.



Veja Economia