A operação foi autorizada pelo juiz João Paulo Abe, da 4ª vara da Justiça Federal do Tocantins. O g1 e a TV Anhanguera tiveram acesso à decisão. O documento afirma que a PF viu indícios de extração em larga escala de madeira com alto valor comercial, principalmente em uma região conhecida como ‘Jenipapo’.
Há mandados nas cidades de Tocantínia, Miranorte, Miracema, Palmas e Divinópolis. O alvo do mandado de prisão é suspeito de chefiar o esquema e aliciar os indígenas. Endereços ligados a alguns dos indígenas também devem ser alvo de buscas, por suspeita de que eles teriam colaborado com os crimes. A Polícia Militar está prestando apoio na operação.
Ainda conforme a decisão, imagens de satélite indicaram que o houve redução da cobertura da vegetação nativa e construção de acessos no interior da mata.
A operação foi chamada de ‘Krikahâ’, palavra que significa Tocantínia em Akwẽ-Xerénte, idioma nativo do povo indígena Xerente.
Segundo a PF, os envolvidos podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente e por associação criminosa cujas penas somadas podem ultrapassar 6 anos de prisão.
Fonte:G1