Uma startup oferece uma plataforma que conecta pequenos lojistas a fornecedores. Com a tecnologia, são feitas análises para oferecer crédito em compras e pagamentos. Além disso, orienta a gestão do estoque da pequena empresa.
Felipe Micheleto deixou o mercado de franquias para abrir a própria loja de cosméticos naturais e veganos, mas teve dificuldade na hora de negociar com os fornecedores.
“Você tenta entrar em contato um por um e a grande maioria deles exigia um pagamento antecipado, pagamento a vista. Na verdade, a gente não via uma luz no fim do túnel”, conta Felipe.
Foi de olho nesse tipo problema, muito comum para pequenas empresas, que Marcos Salama, Laura Camargo e um terceiro sócio criaram uma plataforma para facilitar negócios entre varejistas e fornecedores. Atualmente, eles trabalham com três setores: o de cosméticos, o de decoração e o de mercearia.
Para comprar pela plataforma, o varejista preenche um cadastro. O limite de crédito é definido com uso de big data e inteligência artificial.
“Preenchendo essas informações, eu já consigo dizer se ele vai ter um limite inicial de R$ 1 mil. Começa nesse valor e aí pode chegar até R$ 30 mil e valores mais altos. Normalmente, eles vão ter uma prazo que é 30, 60 e 90 dias no boleto. Conforme ele for pagando, a gente vai construindo um score de crédito nosso”, explica Laura.
Além de oferecer crédito e facilidade no pagamento, a startup possibilita informação para o empreendedor. São dados sobre que produtos vendem mais, quais fazem mais sentido para o público e região em que ele atua, e como montar um mix de produtos. Assim, é possível ter mais inteligência na hora de montar o estoque.
Para o consultor de negócios Gustavo Torrente, o pequeno lojista sempre precisa buscar soluções para tornar a gestão do estoque mais eficiente.
“Ferramentas e tecnologias como o big data, inteligência artificial, podem ajudar e devem, com certeza, o controle do estoque. Você trabalha com produtos perecíveis, tem um estoque muito grande e pode acabar perdendo esse estoque, perdendo o investimento que fez e, no pior cenário, levando o negócio a fechar, quebrar, falir”, explica Gustavo.
A startup cobra uma comissão por cada venda realizada. Hoje, são mais de 20 mil lojistas, cerca de 400 fornecedores cadastrados e cinco mil produtos oferecidos. Para 2022, o plano é levar o serviço para outros países.
Na loja de cosméticos do Felipe, com o crédito e a tecnologia oferecidos pela startup, a negociação com fornecedores deixou de ser um problema: “Ela realmente veio dar um alento, foi a luz no fim do túnel. A gente começou a investir num site próprio, nos marketplaces e só foi crescendo”.
Veja a reportagem completa no vídeo acima.
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Fonte:G1
