PIX: Redução de receita dos bancos será limitada, diz Febraban | PIX


O diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Leandro Vilain, minimizou os efeitos na receita dos bancos com a entrada em vigor do PIX. O sistema de pagamentos será lançado no dia 16 de novembro, mas a partir de segunda-feira (5) pessoas físicas e empresas poderão se cadastrar nele.

“Dados do sistema financeiro mostram que, em 2018, 62% das contas transacionais já são isentas de tarifa por regulação própria. Os 38% que sobram é pacote de serviços, o cliente paga para ter maiores opções por transações ou serviços. Portanto, o efeito do PIX de serviços avulsos é limitado”, disse Vilain, em um seminário.

“Não pode só olhar a linha de receita. Números de 2014 mostravam que o custo era elevado para manipular dinheiro, ou seja, o gasto para mover o dinheiro da Casa da Moeda até um município pequeno é caro. O custo de distribuição, armazenamento, logística custa em torno R$ 80 bilhões por ano. Somente com a logística de distribuição para as agências bancárias, que são em torno de 23 mil, gasta-se R$ 10 bilhões por ano”, explica.

Assim, segundo Vilain, se por um lado o PIX pode afetar as transações avulsas de TED e DOC, por outro lado oferece redução de custo com logística. “É um benefício para a sociedade”, entende.

Vilain também afirmou que o cronograma para implementar o PIX é apertado, mas que o setor está dentro do prazo.

“A homologação (testes) começou em julho e deve acabar no meio de outubro. É um projeto complexo e concorre com o open banking, que também é complicado. No Reino Unido, o open banking demorou cinco anos e agora estão avançados. Estamos dentro do prazo, não temos indicações de problemas, os testes estão caminhando bem”, afirmou.

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Fonte: G1