Petróleo recua e apaga ganhos da semana, em meio a receios sobre a demanda




O contrato do Brent para outubro fechou em queda de 1,22%, a US$ 44,35 por barril, e o contrato do WTI para setembro recuou 1,12%, a US$ 42,34 por barril. Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (21), praticamente apagando os ganhos acumulados na semana, pressionados pela alta do dólar e em meio aos temores elevados sobre a recuperação da demanda global pela commodity.
O contrato do petróleo Brent para outubro fechou em queda de 1,22%, a US$ 44,35 por barril, na ICE, em Londres, recuando 1,0% na semana. O contrato do WTI para setembro, por sua vez, recuou 1,12%, a US$ 42,34 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York, reduzindo os ganhos da semana a uma alta de apenas 0,78%.
No meio da tarde desta sexta, o índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de moedas de países desenvolvidos, operava em alta de 0,48%, a 93,238 pontos. Uma alta do dólar geralmente é negativa para os preços das commodities, já que torna o investimento no ativo menos interessante para usuários de outras unidades monetárias.
Campo de exploração de petróleo no RN
Getúlio Moura/Petrobras/Divulgação
Na quinta (20), dados do Mercado de Trabalho dos Estados Unidos indicaram que o número de americanos que solicitaram o auxílio pela primeira vez subiu em 135 mil pedidos, na semana passada, a 1,106 milhão, contrariando a expectativa dos economistas consultados pelo “Wall Street Journal”, de queda a 923 mil. O dado gera receios sobre a saúde da recuperação econômica americana e levanta dúvidas sobre a demanda por petróleo.
Na Ásia, um corte na atividade de refino em resposta à fraca demanda de combustível é um sinal preocupante, disseram analistas. “Simplificando, a demanda por petróleo diminuiu no mês passado. As taxas de operação das refinarias, combinadas com um aumento na produção de produtos refinados e fraca demanda de uso final, levam a um excesso de gasolina e diesel sendo exportados ou despejados no mercado”, disse Michael Tran, analista da RBC Capital Markets, em nota.
“Este padrão esmaga as margens das refinarias regionais, o que pode resultar em menores taxas de operação da refinaria e destruição da demanda de petróleo bruto”, disse Tran, observando que as margens asiáticas são um indicador antecedente do mercado.
“Os spreads entre o preço do petróleo bruto e os produtos petrolíferos dele refinados não vão melhorar até que a demanda avance ou os cortes em andamento reduzam a produção”, afirmou ele.



Fonte: G1