Os preços de referência do petróleo fecharam a sessão desta segunda-feira (2) em leve alta, mesmo com o dólar no exterior bastante forte. O movimento de alta ocorreu em dia que a Alemanha confirmou seu apoio a um embargo de petróleo russo, o que pressionaria ainda mais a oferta da commodity.
Os preços dos contratos para julho do Brent, a referência global, terminaram o dia em alta de 0,41%, a US$ 107,58 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos para junho do WTI, a referência americana, subiram 0,46%, a US$ 105,17 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Perto das 16h15, o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, subia 0,73%, a 103,717 pontos.
Nesta segunda, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbok, disse que o país apoia um bloqueio europeu contra o petróleo russo. Antes, os alemães estavam mais reticentes quanto a tal medida, uma vez que havia uma forte dependência do país em relação à commodity russa. Nas últimas semanas, porém, a Alemanha buscou maneiras para reduzir o impacto, em caso de um boicote.
Ainda que tal anúncio possa ter dado algum suporte ao ganho do petróleo, o avanço foi tímido. Nas últimas sessões, o petróleo tem se mostrado instável e com ganhos pequenos. Para o Commerzbank, essa flutuação constante é uma versão acelerada do que vem acontecendo nas últimas semanas, que viram dias de ganhos e perdas alternando quase como um relógio.
No início da sessão desta segunda, houve queda, vindo em resposta a dados econômicos chineses decepcionantes que foram publicados no fim de semana. “O fato desse efeito não ter durado muito provavelmente se deveu ao fechamento dos mercados na China hoje”, escreveu o banco alemão.
Outro papel importante está sendo desempenhado pelos riscos na oferta que afetam particularmente as exportações de petróleo da Rússia, ainda segundo o Commerzbank. “Como dois diplomatas da União Europeia (UE) anunciaram após conversas entre a Comissão da UE e os estados-membros no fim de semana, parece que uma proibição será imposta às importações de petróleo da Rússia até o fim do ano.”
Fonte:G1