Petróleo fecha em alta acentuada após dados de estoques nos EUA




De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, os estoques americanos de petróleo anotaram uma queda maior do que o esperado pelos analistas. Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta acentuada nesta quarta-feira (12), recebendo suporte da terceira queda semanal consecutiva dos estoques da commodity nos Estados Unidos.
O contrato do petróleo Brent para outubro fechou em alta de 2,08%, a US$ 45,43 por barril, na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para setembro avançou 2,54%, a US$ 42,67 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York, batendo o melhor fechamento para o contrato mais negociado desde o dia 5 de março, de acordo com dados da FactSet.
Campo de petróleo em Vaudoy-en-Brie, na França
Christian Hartmann/Reuters
Ambas as referências da commodity operavam em alta desde o começo do dia, impulsionadas pelos dados de estoques do Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), mas ampliaram os ganhos depois que o Departamento de Energia dos EUA (DoE) divulgou seus dados oficiais.
De acordo com o DoE, os estoques americanos de petróleo caíram em 4,512 milhões de barris na semana passada, anotando uma queda maior do que o esperado pelos analistas consultados pelo “Wall Street Journal”, de 2 milhões de barris no período. Além das reservas, o relatório indicou também uma alta de 266 mil barris diários na demanda por gasolina, a 8,883 milhões.
Mais cedo, o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou para baixo a projeção de demanda pela commodity em 2020. De acordo com o relatório, a organização espera, agora, uma demanda de 9,1 milhões de barris diários, 100 mil abaixo da leitura de julho, devido aos níveis mais baixos de atividade entre as economias desenvolvidas. Para 2021, a Opep manteve a sua projeção de julho, de alta de 7 milhões de barris.
Em relação à oferta, a Opep revisou a sua projeção para a produção de países fora da Opep em 2020 para cima em 235 mil barris diários. A projeção coloca a produção para o ano em queda de 3,03 milhões de barris diários, em comparação com o ano anterior.



Fonte: G1