A Petrobras anunciou nesta sexta-feira, 29, que vai aumentar em 19% o preço de venda de gás natural para as distribuidoras a partir de domingo. O produto é matéria-prima do Gás Natural Veicular (GNV), do gás de cozinha encanado e é fonte de energia para diversos setores da indústria. Já para o botijão, o valor de referência é o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
Segundo a empresa, a variação do preço do gás natural se dá com base em fórmulas previstas em contratos públicos e divulgados no site da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O cálculo leva em conta as variações do petróleo no mercado internacional e a taxa de câmbio.
Além do preço cobrado pela Petrobras, os tributos federais e estaduais, além das margens de lucro de distribuidoras e revendedoras, formam o preço final do gás. Diante disso, o reajuste no preço final repassado aos consumidores ainda é incerto.
Desde 2016, a Petrobras adota uma política que vincula os preços praticados no país aos do mercado internacional, tendo como referência o preço do barril de petróleo tipo Brent, que é calculado em dólar.
Nos últimos meses, houve uma grande elevação da cotação sob influência dos impactos da invasão russa à Ucrânia, entre outros fatores. O barril saiu de US$ 82 no início de janeiro, chegou a US$ 130 em março e agora tem se estabilizado próximo aos US$ 105.
Para os botijões à base de GLP, o reajuste não gera impactos. A medida deverá afetar principalmente moradores que consomem gás natural canalizado e motoristas com carros que utilizam GNV. Setores da indústria que usam o gás natural como fonte de energia também serão impactados.
Fonte: R7