Pesquisa estuda níveis de manejo na gestão de risco climático na agricultura


Pesquisadores da Embrapa estão trabalhando na inclusão de níveis de manejo agronômico no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). O objetivo do trabalho é ampliar as referências utilizadas na definição do risco de uma determinada área agrícola.

Atualmente, além do volume de chuvas na região e do ciclo das cultivares são considerados três tipos de solo baseados no teor da argila para se definir os riscos de cada cultura para cada município.

Níveis de manejo na gestão de risco

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Para a cultura de soja foram desenvolvidos os primeiros indicadores que estão servindo de referência para o mesmo trabalho para o milho e do trigo. Foto: Divulgação

Agora, a nova proposta é que também passe a ser incluído na análise de risco as técnicas de manejo que contribuem para um melhor desenvolvimento do sistema radicular e posteriormente da capacidade de absorção de água.

Além disso, o desafio também é a definição de quais indicadores serão utilizados para definir os níveis de manejo. Conforme o pesquisador da Embrapa Soja, José Renato Farias, será preciso que sejam indicadores mensuráveis, replicáveis e verificáveis.

“Não devemos esperar ter indicadores perfeitos já neste primeiro momento. Precisamos implementar essa metodologia de avaliação e depois podemos aprimorar. Temos muita condição de evoluir, mas precisamos começar”, explicou Farias.

Na ocasião, para a cultura de soja foram desenvolvidos os primeiros indicadores que estão servindo de referência para o mesmo trabalho para o milho e do trigo.

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Para que o Zarc Níveis de Manejo seja implantado, será preciso primeiramente finalizar a definição dos indicadores. Foto: Divulgação

Embora sejam baseados em boas práticas agropecuárias, possibilitando melhor desenvolvimento de raízes e considerando a cobertura do solo com palha, os indicadores não buscam maior ou menor produtividade, mas sim obter sistemas produtivos que sejam menos suscetíveis às perdas pela mudanças climáticas.

De acordo com José Renato Farias, para que o Zarc Níveis de Manejo seja implantado, será preciso primeiramente finalizar a definição dos indicadores e depois irá depender da negociação entre Ministério da Agricultura e Pecuária e Banco Central para que seja adotado.

“Vimos aqui na reunião que as seguradoras não estão considerando a diferença da disponibilidade hídrica na avaliação de risco. Vamos ter que construir e mostrar para as seguradoras que o risco é bem menor com o uso dos níveis de manejo. Com o Zarc NM teremos a valorização dos bons produtores, estabilidade de produção e maior sustentabilidade ao negócio”, destacou.

Informações extraídas do site da Embrapa. 



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