Pesquisa aponta que semeadura customizada aumenta a produtividade; veja como


Por meio de uma pesquisa com produtores de fazendas foi possível observar que a semeadura customizada pode aumentar a produtividade.

Em experimentos nas fazendas de Mato Grosso e Paraná, foi possível observar ganhos de produtividade de até 8% no milho e 3% no algodão na safra de 2023, devido às dosagens de sementes recomendadas ao plantio.

Semeadura customizada

Semeadura customizadaSemeadura customizada
Semeadura customizada. Foto: Divulgação/Embrapa

Conduzido pela Embrapa, o estudo de semeadura à taxa variável envolve técnicas de AP. aprendizado de máquina e a Solução de Plantio Inteligente (IPS).

Na ocasião, essa ferramenta aplica as sementes em quantidades específicas e de forma precisa, em qualquer tipo de relevo.

Além disso, a tecnologia ainda permite que o potencial produtivo de cada área seja aproveitada ao máximo.

Em relação a semeadura, ela é realizada sob medida e levando em conta os parâmetros do solo e das plantas. Para realizar o trabalho, ele ainda é feito no formato de pesquisa on-farm, quando a experimentação agronômica ocorre nas condições reais de produção.

Com isso, o objetivo é aumentar a produtividade e lucratividade por meio dos conhecimentos acumulados nas safras anteriores.

Resultados

PesquisaPesquisa
Pesquisa da Embrapa/ Divulgação/Embrapa

Os experimentos estão sendo testados nas fazendas de Tucunaré e Tanguro, do Grupo Amaggi, em Sapezal e Querência, ambas em Mato Grosso.

Já no Paraná, o estudo ocorre nas fazendas de Minas Gerais, em Santa Mariana, Londrinópolis e Águas das Nogueiras, em Londrina, Tupi em Astorga, Cachoeira, em Arapongas e Indaiá, em Campo Mourão.

Se galando de resultados, o pesquisador da Embrapa Soja, alegou que um dos testes apresentou um aumento de produtividade com o aumento de população.

“Para o híbrido responsivo, um aumento de 10% na população de sementes trouxe um aumento de 8% na produtividade. Os custos com o aumento da quantidade de sementes aplicada foram superados pelo aumento da produtividade, proporcionando maior lucratividade”, explicou o pesquisador.

Um exemplo também foi em Mato Grosso, onde o estudo com algodão apresentou resultados de aumento da produtividade do algodoeiro de até 3%, com aumento de 10% na população de sementes, mas apenas nas áreas de maior potencial produtivo.

Manejo

O projeto ainda elaborou uma metodologia para a definição de zonas de manejo (ZM), sendo áreas dentro do mesmo talhão que apresentam potenciais produtivos diferentes.

Além disso, essa metodologia baseia-se em mapas dos parâmetros físicos do solo, índices de vegetação obtidos por meio de imagens de satélite e mapas de colheita.

Portanto, foi definida no projeto uma metodologia baseada em aprendizado de máquina e dados acessíveis para delinear zonas de manejo com base em diferentes tipos de solo e atributos de diferentes sistemas de produção.

Os experimentos mostraram que zonas de manejo podem ser obtidas com boa qualidade utilizando basicamente as informações de índices de vegetação de imagens de satélite de uso aberto, como o Sentinel.

Informações extraídas da Embrapa.



Portal Agro2