Parcela de famílias endividadas começa 2021 em alta, aponta CNC | Economia


A parcela de famílias endividadas começou 2021 em alta, segundo leitura da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Nesta quinta-feira (18), a entidade anunciou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) referente a janeiro.

No levantamento, a parcela de famílias endividadas ficou em 66,5% no primeiro mês do ano, acima de dezembro de 2020 (66,3%) e de janeiro de 2020 (65,3%). A fatia de famílias endividadas com cartão de crédito também bateu recorde, na pesquisa de janeiro, informou ainda a CNC.

Como se organizar para sair das dívidas? Consultor financeiro orienta
Como se organizar para sair das dívidas? Consultor financeiro orienta

7 min Como se organizar para sair das dívidas? Consultor financeiro orienta

Como se organizar para sair das dívidas? Consultor financeiro orienta

Como se organizar para sair das dívidas? Consultor financeiro orienta

Em contrapartida, o mesmo levantamento mostra que a inadimplência apresentou recuo, na margem, mesmo com aumento de parcela de famílias com empréstimos. Os endividados que informaram débitos em atraso tiveram parcela de 24,8% na pesquisa de janeiro, abaixo de dezembro de 2020 (25,2%). No entanto, ainda opera acima de janeiro de 2020 (23,8%).

A mesma tendência foi observada nas famílias endividadas sem condição de quitar dívidas, que representaram 10,9% no universo de pesquisados da Peic de janeiro, abaixo de dezembro de 2020 (11,2%) mas acima de janeiro de 2020 (9,6%).

O cartão de crédito foi, mais uma vez, a modalidade de dívida mais lembrada, sendo citada por 80,5% das famílias endividadas em janeiro, seguida por carnês (16,8%) e financiamento de carro (9,9%). No caso do cartão de crédito, a parcela de famílias endividadas nessa modalidade foi a maior desde o início da pesquisa em 2010, informou a CNC.

Efeito do auxílio emergencial

Em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, informou que, apesar da alta na parcela de famílias endividadas, o cenário, a princípio, não é negativo, principalmente em meio à atual situação de pandemia.

“Temíamos uma escalada do número de inadimplentes no país. O auxílio emergencial ajudou a evitar o pior cenário e a economia soube se reinventar na medida do possível. Mas este ano vai ser chave para observarmos o comportamento do crédito e da inadimplência”, afirmou o presidente da CNC, em comunicado sobre a pesquisa.

Assista as últimas notícias de economia



Fonte: G1