Para além da privatização: o novo fator que pode destravar ações da Sabesp


A campanha para o segundo turno das eleições mal começou, mas os resultados surpreendentes do primeiro turno já fizeram os investidores precificarem uma vitória do ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para o governo de São Paulo e, por consequência, uma eventual privatização da Sabesp, que está no radar do candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Os papéis da empresa de saneamento subiram 7% na sexta-feira que antecedeu o primeiro turno e dispararam 17% no dia seguinte à votação. Tal otimismo fez o Itaú BBA revisar suas estimativas e subir para 74,9 reais o chamado preço-alvo da ação da Sabesp – hoje a 58 reais.

Para os analistas, a privatização certamente destravaria os papéis da empresa, mas outro importante fator também deve ser levado em conta. “Esperamos um forte crescimento para os próximos anos por causa do reajuste tarifário de 2021. O regulador adiou o aumento tarifário, então a empresa provavelmente receberá reajustes tarifários acima da inflação até 2024″, escrevem em relatório enviado a clientes. O banco trabalha em um cenário ainda mais otimista caso a privatização realmente saia do papel. “A privatização pode ser um divisor de águas, desbloqueando um valor enorme. Em um cenário muito conservador, uma Sabesp privatizada poderia 87 reais ação”, afirmam. No acumulado do ano, os papéis da companhia sobem 48%.

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