País tem piora no rombo das contas externas, mas investimentos estrangeiros sobem no ano, diz BC | Economia


O rombo das contas externas do Brasil e os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira avançaram de janeiro a outubro deste ano. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Banco Central (BC).

Segundo a instituição, o déficit das contas externas do Brasil somou US$ 15,783 bilhões nos dez primeiros meses deste ano, na comparação com US$ 13,571 bilhões no mesmo período de 2020. Somente em outubro, o resultado ficou negativo em US$ 4,464 bilhões, o maior rombo desde março deste ano (-US$ 5,189 bilhões).

O resultado em transações correntes, um dos principais sobre o setor externo do país, é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).

Rombo nas contas externas é o menor em 14 anos até setembro

Rombo nas contas externas é o menor em 14 anos até setembro

De acordo com o BC, o aumento no rombo das contas externas em outubro está relacionado com um superávit menor da balança comercial e, também, com um crescimento nas despesas de brasileiros no exterior, entre outros.

  • Em um cenário de recessão por conta do coronavírus, o déficit das contas externas recuou 75% em 2020 e foi para US$ 12,517 bilhões.
  • Para todo ano de 2021, a expectativa do Banco Central é de uma piora nas contas externas. A estimativa da instituição é de um saldo negativo de US$ 21 bilhões nas contas externas neste ano.

Investimentos estrangeiros

Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 45,788 bilhões nos dez primeiros meses deste ano, com alta de 33,3% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 34,352 bilhões), informou o BC.

Somente em outubro, porém, os investimentos somaram US$ 2,493 bilhões, o menor patamar desde junho deste ano (US$ 693 milhões).

O aumento dos investimentos acontece em um momento de recuperação da economia mundial, mas também com a perspectiva de taxas de juros maiores em outros países – com a alta da inflação disseminada pelo mundo.

No fim de setembro, o BC baixou a estimativa para ingresso de investimentos diretos no país em 2021 caiu de US$ 60 bilhões para US$ 55 bilhões. Para 2022, o BC projeta entrada de US$ 60 bilhões em investimentos estrangeiros no país.

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Fonte: G1