Outono será de menos chuvas no Centro-Norte; veja previsão para o Brasil


O outono no Hemisfério Sul começa no dia 20 de março, à 0h06 pelo horário de Brasília, e termina no dia 21 de junho, às 17h51. Segundo a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os volumes de chuvas vão ser menores ao longo do período em boa parte do Brasil.

A estação é marcada pela transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, principalmente no Brasil Central, por isso são esperadas chuvas são mais escassas no interior do país, principalmente no semiárido nordestino.

Inmet e Inpe preveem diminuição do volume de chuva em boa parte do país.
Inmet e Inpe preveem diminuição do volume de chuva em boa parte do país. Foto: Reprodução/Inmet

Previsão do tempo no outono brasileiro

No norte das regiões Norte e Nordeste, ainda é época de muita chuva, principalmente se houver a persistência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Esta estação também é caracterizada pela chegada de massas de ar frio, vindas do sul do continente, que provocam queda nas temperaturas do ar, principalmente na Região Sul e parte da Região Sudeste.

Durante a estação, há ainda as primeiras ocorrências de fenômenos adversos, típicos do outono, como: nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e em Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Região Norte

A previsão indica que nos meses de abril a junho de 2024, há condições favoráveis para o predomínio de chuva abaixo da média histórica em grande parte da Região Norte, por conta dos impactos do fenômeno El Niño. Já em áreas do norte de Roraima, noroeste e sudoeste do Amazonas e oeste do Acre, é esperada chuva próxima ou acima da média durante o trimestre. A temperatura do ar é prevista para prevalecer acima da média.

Região Nordeste

A estimativa é de chuva abaixo da média em toda a região, principalmente no centro-norte. A continuidade da chuva mais irregular nestas áreas está associada ao El Niño, mas não é descartada a possibilidade de chuva intensa, especialmente na faixa leste. A temperatura do ar deve ficar acima da média histórica em grande parte da região nos próximos meses. Tempo mais ameno é esperado na costa, devido a alguns dias consecutivos com chuva.

Região Centro-Oeste

A tendência no Centro-oeste para o outono é de chuva próxima ou abaixo da média em grande parte da região. Entretanto, em áreas de Mato Grosso do Sul, são previstos volumes ligeiramente acima do esperado para o trimestre. As temperaturas mais quentes devem predominar nos próximos meses.

Região Sudeste

Para a Região Sudeste é previsto chuva com valores ligeiramente acima da climatologia, especialmente em áreas de São Paulo e sul de Minas Gerais. Nas demais áreas, a tendência é de chuva próxima e pouco abaixo da média. Para a temperatura, as previsões indicam acima da média no período.

Região Sul

No Sul, há maior probabilidade de chuva acima da média, principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com previsão de temperaturas acima da média em grande parte da região, mas em áreas do centro-sul do Rio Grande do Sul, serão próximas à media. Não de descarta possibilidade de entradas de massas de ar frio, que pode provocar queda nas temperaturas, principalmente em maior altitude.

Queda no volume de chuva impacta níveis de água no solo para segunda safra.
Queda no volume de chuva impacta níveis de água no solo para segunda safra. Foto: Envato

Impactos do outono na segunda safra 2023/2024

No Matopiba (entre o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a previsão de chuva abaixo da média pode reduzir os níveis de água no solo, desfavorecendo o avanço do plantio e as fases iniciais dos cultivos de segunda safra.

Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão de chuva acima da média em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, irá favorecer a manutenção do armazenamento hídrico no solo, beneficiando os cultivos de segunda safra.

Nas demais áreas, existe possibilidade de redução da umidade do solo, o que pode causar restrição hídrica para os cultivos de segunda safra.
Os volumes de chuva previstos para a Região Sul tendem a manter os níveis de água no solo satisfatórios para as fases de maior necessidade hídrica dos cultivos de segunda safra.



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