Os duros recados de Rodrigo Pacheco a Lula e Campos Neto


Em um recado velado a membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu, nesta quinta-feira, 20, que entes políticos “respeitem o passado” e projetos aprovados pelo Congresso Nacional durante os “últimos seis anos”. “Essas iniciativas devem ser respeitadas, ainda que não sejam ideais na visão do governo, é melhor que se tenha estabilidade e que a política que foi responsável a fazer reformas nos últimos seis anos seja respeitada”, disse, defendendo que a não revisão dos projetos trazem segurança jurídica ao país. Ele elencou as reformas da Previdência e a trabalhista; e os marcos legais como os do saneamento, o cambial, e o do gás. As falas se deram durante o Lide Brazil Conference, realizado em Londres

Pacheco ainda foi enfático ao dirigir-se ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — também presente ao evento —, afirmando que, apesar de continuar apoiando a autonomia do Banco Central, as instituições precisam “encontrar os caminhos para a redução imediata das taxas de juros no Brasil”. “Ruídos e marolas são um problema? Vamos atacar esse problema e criar um ambiente suscetível para a redução da taxa de juros”, disse. Ele afirmou que, mesmo com ruídos durante o governo de Jair Bolsonaro, o país teve taxas de juros a 2% e afirmou que a redução é um “desejo muito sincero do Congresso Nacional, consonante com o setor produtivo”. Foi aplaudido.

Mais tarde, Pacheco reiterou a jornalistas o apelo a Roberto Campos Neto e afirmou que “há ambiente” para o início das discussões sobre reduções gradativas nas taxas. “O Banco Central tem que estar atento às necessidades do país. Todos estão uníssonos em torno da possibilidade da redução das taxas de juros. É um apelo do setor produtivo e das federações, mas também da política”, disse. “Além da base empírica e técnica, é necessário também sensibilidade política”, defendeu.

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