O óleo de soja segue como o “campeão” das altas de preços em 2021, seguido pelo etanol. É o que apontam os dados da inflação oficial do país divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, passou de 0,31% em abril para 0,83% em maio, uma aceleração de 0,52 ponto percentual no período. De acordo com o IBGE, “foi o maior resultado para um mês de maio desde 1996”, quando o indicador fiou em 1,22%.
Já o IPCA acumulado em 12 meses passou de 6,76% em abril para 8,06% em maio.
Os principais impactos na inflação em maio partiram da habitação, por causa dos reajustes na energia elétrica, e nos transportes, devido à alta dos combustíveis.
Para o indicador acumulado em 12 meses, o óleo de soja seguiu como líder da alta de preços, acumulando 86,87% de aumento no período. O etanol, com alta acumulada de 65,24%, assumiu o lugar do arroz no ranking – o cereal acumulou alta de 51,83% em um ano.
Entre produtos que têm maior peso na composição do IPCA, as maiores disparadas nos preços nos últimos 12 meses foram observadas entre os combustíveis (47,49%), sobretudo a gasolina (45,80%) e as carnes (38%), com destaque para o músculo bovino (44,50%).
Pelo lado das quedas de preços em 12 meses, os principais destaques foram a cenoura (-27,13%), a cebola (-25,14%), o transporte por aplicativo (-24,62%) e as passagens aéreas (-20,70%).
Abaixo, confira a lista de maiores altas e quedas de preços em 12 meses:
- óleo de soja: 86,87%
- etanol: 65,24%
- feijão-macáçar (fradinho): 58,04%
- óleos e gorduras: 56,49%
- arroz: 51,83%
- colchão: 50,63%
- combustíveis (veículos): 47,49%
- gasolina: 45,80%
- músculo bovino: 44,50%
- costela: 44,24%
- lagarto redondo: 43,88%
- peito: 43,19%
- pá: 42,87%
- acém: 40,61%
- óleo diesel: 39,26%
- patinho: 38,95%
- lagarto comum: 38,62%
- carnes: 38,00%
- repolho: 37,74%
- cereais, leguminosas e oleaginosas: 37,52%
- contrafilé: 37,23%
- chã de dentro: 36,70%
- alcatra : 36,54%
- material hidráulico: 36,29%
- pimentão: 34,47%
- picanha: 32,75%
- cupim: 31,82%
- carne de porco: 31,81%
- carne de carneiro: 31,35%
- feijão-preto: 31,26%
- salsicha em conserva: 31,23%
- gás veicular: 31,13%
- filé-mignon: 31,07%
- pneu: 29,43%
- tijolo: 27,66%
- flores naturais: 26,57%
- fígado: 26,25%
- linguiça: 25,94%
- gás de botijão: 24,05%
- açúcar cristal: 23,86%
- televisor: 23,36%
- alface: 23,12%
- banana-maçã: 23,01%
- revestimento de piso e parede: 22,96%
- peixe-pintado: 22,79%
- joia: 22,55%
- combustíveis (domésticos): 22,17%
- mandioca (aipim): 21,70%
- capa de filé: 21,55%
- Peixe Curimatâ: 21,44%
- Cenoura: -27,13%
- Cebola: -25,14%
- Transporte por aplicativo: -24,62%
- Passagem aérea:-20,70%
- Batata-inglesa:-18,36%
- Abacate:-15,76%
- Tubérculos, raízes e legumes:-14,00%
- Alho:-11,78%
- Ônibus interestadual:-10,12%
- Goiaba:-8,09%
- Pepino:-8,04%
- Farinha de arroz:-6,66%
- Morango:-6,40%
- Seguro voluntário de veículo:-6,18%
- Tomate:-6,03%
- Saia:-5,62%
- Hospedagem:-4,99%
- Artigos de maquiagem:-4,98%
- Peixe-dourada:-4,88%
- Ensino superior:-4,74%
- Transporte público:-4,72%
- Feijão-carioca (rajado):-4,45%
- Conserto de televisor:-4,36%
- Brinquedo:-4,18%
- Pós-graduação:-4,15%
- Manga:-3,53%
- Peixe-pescada:-3,51%
- Vestido infantil:-3,14%
- Curso preparatório:-2,92%
- Peixe-salmão:-2,67%
- Pedras:-2,57%
- Bacalhau:-2,51%
- Neurológico:-2,32%
- Peixe-tainha:-2,17%
- Mochila:-1,89%
- Camarão:-1,72%
- Cursos regulares:-1,66%
- Curso de idioma:-1,61%
- Casa noturna:-1,53%
- Livro não didático: -1,48%
- Pré-escola:-1,46%
- Bermuda/short infantil: -1,44%
- Ônibus intermunicipal:-1,43%
- Cinema, teatro e concertos:-1,36%
- Blusa:-1,24%
- Educação:-1,11%
- Cursos, leitura e papelaria:-1,11%
- Maçã:-1,04%
- Peixe-serra:-0,87%
- Mão de obra:-0,80%
Fonte: G1