Oi altera planos de reestruturação em busca de ofertas mais altas




Credores votarão as mudanças propostas em 8 de setembro; empresa pretende sair da recuperação judicial em maio de 2022. A Oi apresentou nesta sexta-feira (14) mudanças em seu plano de reestruturação, com o objetivo de levantar novos empréstimos com credores e de conseguir um valor maior pelos ativos colocados à venda.
Os credores votarão as mudanças propostas em 8 de setembro. A Oi pretende sair da recuperação judicial em maio de 2022, cerca de seis anos após o início do processo.
Sede administrativa da Oi funciona no Leblon, Zona Sul do Rio
Marcos Serra Lima/G1
Oi tem prejuízo de R$ 3,4 bilhões no 2º trimestre
“Depois de muitas conversas, concluímos que o plano precisava de um pouco mais de flexibilidade do que inicialmente previsto”, disse o presidente-executivo, Rodrigo de Abreu, em entrevista.
A empresa definiu o valor mínimo para a venda de sua unidade de fibra em R$ 20 bilhões. A Oi pretende vender a divisão, chamada de InfraCo, no primeiro trimestre de 2021 e concluir a venda até setembro de 2021.
Para seus ativos de telefonia móvel, a Oi decidiu incluir contratos de longo prazo – de três, cinco ou 10 anos – com sua unidade de fibra no preço total oferecido pelos interessados. Abreu disse que esses contratos tendem a aumentar o valor da InfraCo.
Atualmente, a Oi está em negociações exclusivas com TIM, Telêfonica Brasil e Claro, da América Móvil, que fizeram uma oferta conjunta de R$ 16,5 bilhões pelos ativos de telefonia celular.
Se as partes chegarem a um acordo, as empresas terão o direito de igualar qualquer outra oferta maior que outras partes possam fazer posteriormente pelas operações de telefonia móvel da Oi.Além disso, a Oi decidiu vender sua operação de TV por R$ 20 milhões, com o objetivo de eliminar custos mais expressivos de satélites. Ainda assim, a adquirente dividirá parte das receitas com a Oi, na medida em que a operadora continuará oferecendo serviços de TV a seus clientes.
A Oi também está oferecendo aos credores a redução dos descontos sobre os valores devidos caso concedam novos empréstimos ou cartas de fiança à empresa. Os descontos propostos podem cair de 60% para até 40% se os credores fornecerem mais empréstimos à Oi, por exemplo.



Fonte: G1