Programado para acontecer em 2020, o Censo está sendo realizado com dois anos de atraso em razão da pandemia de Covid-19 e de cortes orçamentários.
Até o início de novembro, os recenseadores estarão visitando cada um dos domicílios do país, incluindo aldeias indígenas e territórios quilombolas.
Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Censo 2022:
O Censo é uma pesquisa realizada a cada 10 anos pelo IBGE e a última foi feita em 2010. O levantamento realiza uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira e permite traçar um perfil socioeconômico do país.
Além saber exatamente qual o tamanho da população, o Censo visa tirar uma fotografia detalhada dos brasileiros, mostrando suas principais caraterísticas socioeconômicas, incluindo idade, sexo, cor ou raça, religião, escolaridade, renda e saneamento básico dos domicílios.
Pesquisadores do órgão visitam os domicílios para obter dados sobre as características dos moradores – idade, sexo, cor ou raça, religião, escolaridade, renda, saneamento básico dos domicílios, entre outras informações.
A população brasileira é estimada atualmente em cerca de 215 milhões de pessoas. O IBGE estima que existam hoje cerca de 75 milhões de domicílios no país.
2. Por que o Censo atrasou?
As entrevistas para a construção do Censo deveriam ter sido realizadas em 2020, mas foram suspensas por causa da pandemia de coronavírus.
Em 2021, sofreu novo adiamento por falta de recursos. O Orçamento 2021 foi sancionado, com vetos, pelo presidente Jair Bolsonaro, o que sacramentou a suspensão da realização da pesquisa. Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo federal liberou os R$ 2,3 bilhões necessários para a realização da operação censitária.
3. Qual a importância do Censo?
Com um panorama tão completo, a pesquisa ajuda na construção das políticas do país.
Além da contagem populacional, a pesquisa traz dados sobre condições de vida, emprego, renda, acesso a saneamento, saúde e escolaridade, entre outros.
Essas informações são essenciais para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos públicos e privados.
Entre as políticas públicas afetadas pelo Censo, é possível citar:
- Calibragem da democracia representativa, através da contagem populacional (definição do número de deputados federais e estaduais e de vereadores);
- Determinação dos públicos-alvo de políticas públicas federais, estaduais e municipais;
- Detalhamento da população em risco para campanhas de vacinação;
- Ajustes nas políticas para superação e recuperação pós-pandemia;
- Distribuição das transferências da União para estados e municípios, com impacto significativo nos orçamentos públicos (segundo o IBGE, em 2019, 65% do montante total transferido da União para estados e municípios consideraram dados de população);
- Transferências e recursos para a administração de programas sociais;
- Identificação de áreas de investimento prioritário em saúde, educação, habitação, transportes, energia, programas de assistência a crianças, jovens e idosos.
4. Como será feito o Censo?
Serão mais de 183 mil recenseadores visitando todos os domicílios do país.
Até o início de novembro, os recenseadores estarão visitando cada um dos domicílios do país, incluindo aldeias indígenas. Além disso, pela primeira vez, os moradores de territórios quilombolas serão contabilizados.
A coleta domiciliar nas áreas indígenas começa em 10 de agosto, e a dos territórios quilombolas, em 17 de agosto.
Os primeiros resultados do Censo 2022 estão previstos para serem divulgados ainda no final deste ano. Outras análises e cruzamentos de dados serão divulgados ao longo de 2023 e 2024.
Coleta de dados do censo 2022 começa nesta segunda (1º) em todo o Brasil
Fonte: Portal G1