Nubank pode falir? Queda no preço das ações gera temor

Em entrevista, o CEO do Nubank, David Vélez, disse que não está preocupado com o momento da instituição

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O Nubank não está em um bom momento na bolsa de valores. Em suma, as suas ações na B3 derreteram mais de 60% desde o começo de 2022. Inclusive, na última quarta-feira (29) elas terminaram o dia cotadas a R$ 3,37. E assim, essa queda acende um alerta entre os investidores, sobre qual será o destino da companhia nos próximos meses. Afinal de contas, o Nubank pode falir? Descubra a seguir.

Nubank pode falir?

O medo sobre o desempenho do Nubank aumentou ainda mais depois que o relatório do Itaú BBA, divulgado na semana anterior, recomenda que os clientes fiquem longe dessas ações. O relatório ressalta que o crescimento no número de clientes da instituição nos últimos meses, 61% entre o 1º trimestre de 2021, e o 1º trimestre de 2022, apenas no Brasil, contrasta com a queda na renda real dos brasileiros.

Além disso, a maior parte da receita no Nubank no 1º trimestre, que foi 200% maior à receita do trimestre anterior, se deve à alta das carteiras de crédito dos seus clientes. Todos esses fatores, conforme o Itaú BBA, apontam que a inadimplência do Nubank pode crescer muito.

Ademais, a queda nas ações é resultado de dois fatores principais. Por um lado, é o reflexo do movimento global, que tem vitimado muitas empresas do setor financeiro. Diante das incertezas e da alta dos juros em vários países, os investidores estão a procura de ativos mais seguros. E assim, fogem de empresas como o Nubank.

Enquanto isso, o Nubank adotou uma estratégia de crescimento, que significou sacrificar os lucros no curto prazo. Apesar do aumento no número de clientes, a instituição terminou 2021, com um prejuízo líquido de US$ 165,3 milhões. Durante 2020, o prejuízo foi de US$ 171,5 milhões. A demora em gerar lucro pode custar caro agora.

Em entrevista, o CEO do Nubank, David Vélez, disse que não está preocupado com o momento da instituição. De acordo com ele, está “muito próximo do ponto de equilíbrio no Brasil. Poderia ser totalmente lucrativo amanhã, mas estava colocando o crescimento em primeiro lugar”. Por fim, ele destacou que as operações de crédito seguem muito lucrativas.

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Imagem: gustavosapienza / Shutterstock.com



Fonte: Economia R7