Nasdaq fecha em queda com menor geração de empregos nos EUA e receios sobre estímulos




Dados divulgados nesta sexta-feira (7) mostraram forte desaceleração na abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos em julho. O índice Nasdaq recuou nesta sexta-feira (7), depois de dados mostrarem forte desaceleração na abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos em julho e em meio a temores de que parlamentares não consigam chegar a um acordo sobre outro pacote de estímulo fiscal para impulsionar a economia abalada pelo coronavírus.
O S&P 500 e o Dow Jones tiveram oscilações moderadas, com viés para cima.
O Dow Jones subiu 0,17%, para 27.433,48 pontos, o S&P 500 teve variação positiva de 0,06%, para 3.351,28 pontos, e o Nasdaq recuou 0,87%, para 11.010,98.
Wall Street
Lucas Jackson/Reuters
Setores defensivos, incluindo serviços públicos e imobiliário, estiveram entre os que avançaram na sessão. Ações relacionadas à tecnologia, que alimentaram uma recuperação de Wall Street desde março, registraram as maiores quedas e ajudaram a empurrar o Nasdaq a queda superior a 1% ao longo do pregão.
Na mesma linha, “ações de valor” – aquelas cujos preços estão abaixo do sinalizado por seus fundamentos e que têm ficado para trás no rali puxado puxado pelas chamadas “ações de crescimento” (que ganham mais valor que a média do mercado) – subiram, com o setor financeiro em alta de mais de 2%.
O índice S&P para esse grupo de “ações de valor” subiu 1,13%. E o índice S&P para “ações de crescimento” recuou 0,63%.
Relatório do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos mostrou geração líquida de 1,76 milhão de postos de emprego fora do setor agrícola em julho, muito abaixo do recorde de 4,8 milhões de junho.
No entanto, o número ainda superou expectativas de economistas, e analistas disseram que os dados poderiam tirar pressão sobre o Congresso a respeito do fechamento de um acordo sobre um pacote de alívio financeiro, após semanas de disputas. Em parte, as diferenças giram em torno da manutenção de um auxílio de US$ 600 por semana em benefícios a desempregados.
“A realidade é que o desemprego está nas alturas em relação às médias históricas, ainda estamos em uma pandemia sem cura e os políticos prometeram US$ 1 trilhão ou mais para a população norte-americana”, disse Mike Zigmont, chefe de operações na Harvest Volatility Management em Nova York.
“Seria suicídio político se eles não entregassem isso”, acrescentou.



Fonte: G1