Na “Superquarta”, Copom aumenta juros em 0,25 p.p. e FED faz primeiro corte em 4 anos; qual o impacto para as fintechs?

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a Taxa Selic em 0,25% p.p. A taxa Selic vai de 10,5% para 10,75% ao ano. O aumento é o primeiro no atual mandato do presidente Lula. Para as fintechs, o impacto dessa decisão é fundamental no curto e médio prazo, uma vez que a Selic influencia diretamente o custo de captação de recursos e a oferta de crédito no mercado.

“A Taxa Selic é a base de todas as demais taxas de juros praticadas na economia brasileira, e seu impacto para o mercado de fintechs é significativo. Portanto, a decisão do Copom pode moldar a forma como lidamos com captação de recursos e repasse de custos aos nossos clientes”, afirma Leonardo Moreira Gomes, cofundador e CEO da fintech Paytime, que oferece soluções White Label no modelo no-code por assinatura.

Segundo o especialista, o impacto mais imediato do aumento deve ser nas taxas das máquinas de cartão. “Com uma Selic mais alta, o custo de captação de recursos para as fintechs aumenta, o que eleva o custo da antecipação de recebíveis e, consequentemente, os custos para o consumidor final. Além disso, as ofertas de crédito, como empréstimos e financiamentos, também são diretamente afetadas pela Selic, já que a taxa influencia o custo do dinheiro. Uma Selic mais alta encarece essas ofertas, enquanto uma taxa mais baixa pode torná-las mais acessíveis”.

Superquarta

“Superquarta” é o nome das quartas-feiras em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros dos Estados Unidos e do Brasil. Mas enquanto as taxas brasileiras aumentaram, a taxa americana caiu em 0,50 ponto percentual, primeiro corte em 4 anos.

Independentemente da decisão do Copom e do Fed, Leonardo ressalta a importância de as startups financeiras estarem preparadas para diversas situações econômicas. “As fintechs precisam estar preparadas para diferentes cenários, ajustando suas estratégias de preços e captação de recursos de acordo com o comportamento da taxa. Um planejamento bem estruturado permite que as fintechs aproveitem as oportunidades e minimizem os impactos negativos, mantendo sua competitividade e crescimento sustentável”, finaliza Leonardo.

Sobre a Paytime

Paytime é uma Fintech As A Service, que tem como objetivo democratizar o mercado de pagamentos e serviços bancários no Brasil. Fundada em 2018, está presente em todos os estados do país e possui mais de 150 mil clientes cadastrados, além de transacionar cerca de R$ 10 bilhões por ano. É a primeira fintech brasileira White Label e no-code por assinatura e oferece toda a estrutura tecnológica e regulatória necessária para a operação com maquininhas de cartões, contas digitais e outras soluções financeiras.