Mourão: reforma administrativa está pronta, mas envio depende de 'decisão política' de Bolsonaro




Envio do texto ao Congresso deve ser feito só em 2021, e vice-presidente foi questionado se governo poderia antecipar. Maia tem dito que Câmara está ‘pronta’ para discutir tema. O vice-presidente Hamilton Mourão ao conceder entrevista coletiva nesta quinta (13), no Palácio do Planalto
Guilherme Mazui/G1
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira (13) que o texto da reforma administrativa está pronto e que o envio do projeto ao Congresso Nacional depende de uma “decisão política” do presidente Jair Bolsonaro.
No começo do ano, Bolsonaro disse que enviaria o texto ao Congresso em fevereiro, mas a proposta deve ser enviada ao Legislativo somente em 2021.
Nesta quarta (12), Bolsonaro se reuniu com ministros e parlamentares e disse que respeitará o teto de gastos e defendeu as reformas. Ao lado de Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a Casa está “pronta” para discutir a reforma administrativa.
“A reforma está pronta, ela está pronta desde o começo do ano. Compete ao presidente, por meio de uma decisão política, remetê-la ao Congresso. Acho que o Congresso está com boa vontade para receber essa reforma e trabalhar nela”, disse Mourão.
Questionado se o Congresso poderia discutir paraleamente as reformas administrativa e tributária, Mourão disse que sim, mas que “tudo depende da vontade dos nossos parlamentares”.
Saídas na Economia
A demora no envio da reforma administrativa e o ritmo das privatizações estão entre os fatores que levaram aos pedidos de demissão de dois secretários especiais do Ministério da Economia — Salim Mattar (Desestatização e Privatização) e Paulo Uebel (Desburocratização, Gestão e Governo Digital).
Uebel trabalhou no texto da reforma administrativa, que teve o envio adiado por mais de uma vez pelo governo, que optou por apresentar, primeiro, a reforma tributária. Bolsonaro já declarou que o ano de eleições municipais dificulta o avanço do tema no Congresso.



Fonte: G1