Mourão diz ver espaço para preço do litro da gasolina voltar a R$ 6, mas não a R$ 4 | Política


O vice-presidente Hamilton Mourão avaliou nesta quarta-feira (16) em entrevista no Palácio do Planalto que o preço dos combustíveis nos postos não voltará ao patamar que as pessoas gostariam, mas que é possível o litro da gasolina voltar a R$ 6, não a R$ 4.

Nesta quarta, Mourão foi questionado sobre a expectativa de a Petrobras reduzir o preço diante da queda no valor do barril do petróleo no mercado internacional. Com a guerra na Ucrânia, o barril se aproximou de US$ 140, porém nesta terça-feira (14) foi negociado abaixo de US$ 100.

“O mercado começa a se reequilibrar. Bateu nos US$ 139, já está em US$ 99, US$ 98. É óbvio, essa flutuação, acredito que a Petrobras ela vai encaixar isso aí e vai haver uma redução”, declarou o vice.

“Uma realidade a gente tem que entender: o preço do combustível, fruto até da questão da transição energética que nós temos de viver, não vai voltar aos patamares que a gente gostaria. Não vamos mais, na minha visão, pagar R$ 4 por litro de gasolina, vai ser difícil isso acontecer”, completou Mourão.

Questionado, então, se o preço da gasolina entre R$ 7 e R$ 8 “veio para ficar”, Mourão declarou ver espaço para que os postos cobrem em torno de R$ 6.

“Pode baixar aí, voltar para meia-dúzia. Mas vamos lembrar aí que uns dois, três anos atrás estávamos pagando R$ 4,50, R$ 4,60”, disse o vice.

Vice-presidente Hamilton Mourão concede entrevista na entrada do Palácio do Planalto nesta quarta (16) — Foto: Guilherme Mazui/g1

Ainda na entrevista desta quarta, Mourão disse ver “histeria” em relação ao tema, uma vez que os preços no mercado internacional foram impactados pela retomada da economia em meio à pandemia e pela invasão russa à Ucrânia.

“Essa questão do preço do petróleo é muita histeria, né? Porque houve uma variação, vamos dizer assim, violenta no preço do petróleo […] fruto, primeiro, da questão da pandemia, do retorno da atividade econômica, e, posteriormente, desse conflito absurdo lá na Rússia, na Ucrânia”, declarou.

O vice também afirmou que há “cartelização” no setor de postos de combustíveis e que cabe aos órgãos de defesa do consumidor assegurar que reduções nos preços aplicadas pela Petrobras cheguem às bombas.

Andréia Sadi: militares veem pressão para saída de Silva e Luna da direção da Petrobras

Andréia Sadi: militares veem pressão para saída de Silva e Luna da direção da Petrobras

Pressão sobre Silva e Luna

A colunista do g1 Andréia Sadi informou que integrantes do governo têm pressionado o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, a pedir demissão do cargo (veja detalhes no vídeo acima).

À colunista, Silva e Luna afirmou que não pedirá demissão. “Jamais farei isso. Tenho formação militar, a gente morre junto na batalha e não deixa a tropa sozinha. Agora, minha indicação é do presidente da República, com quem tenho uma relação de lealdade e de confiança”, afirmou.



Fonte: G1