Em reunião em Bruxelas, os ministros debateram ainda a possibilidade de um embargo aos produtos russos até o fim do ano, segundo disseram dois diplomatas à agência de notícias Reuters.
As medidas fazem parte de um sexto pacote de sanções contra a Rússia por sua invasão da Ucrânia. No encontro, a ministra da Polônia pediu que a UE adote o embargo o quanto antes.
“Pedimos um embargo imediato sobre o petróleo e gás russos. Chegou o momento do petróleo, logo será do gás”, disse a ministra polonesa Anna Moskwa.
No entanto, Moskwa afirma que as reservas de seu país estarão a 100% de sua capacidade “neste inverno” europeu, que se inicia no fim do ano.
“O gás americano começou a chegar através da Lituânia e vamos obter gás da Noruega através da Dinamarca”, afirmou.
A Rússia vem exigindo o pagamento em rublos pelo gás russo e ameaça cortar o fornecimento a todos os países que neguem pagar na moeda do país.
A UE alega que os contratos celebrados por empresas europeias são acordados, em regra, em euros ou dólares, por isso a Comissão Europeia considera que o mecanismo de conversão imposto por Moscou justifica a imposição de sanções.
Com base neste entendimento, Polônia e Bulgária pagaram suas compras na moeda prevista em seus contratos com a Gazprom e se negaram a abrir uma segunda conta em rublos.
Em retaliação, a companhia de gás russa considerou que não recebeu os pagamentos e suspendeu suas entregas.
“Nenhuma empresa ou país pretende abrir uma conta em rublos”, disse a comissária europeia de Energia, Kadri Simson.
Já a ministra espanhola Teresa Ribera destacou que a questão “das sanções não é competência dos ministros de Energia”.
Seu homólogo alemão, Robert Habeck, afirmou que “reduzimos significativamente nossa dependência de petróleo russo e estamos criando as condições necessárias para suportar também um embargo”.
Em 2021, a Rússia forneceu 30% do petróleo e 15% de seus derivados comprados pela UE.
Fonte:G1