Minas Gerais conquista 40 medalhas em concurso mundial de queijos na França | Minas Gerais


O sabor de Minas Gerais foi destaque no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers de Tours, na França. Das mais de 300 medalhas do concurso, 40 foram conquistadas por produtores mineiros.

O grande número de premiações recebidas pelos queijos do estado garantiu o bom desempenho do Brasil. Ao todo, o país levou 57 medalhas, ficando atrás apenas do anfitrião do concurso.

Para quatro produtores de Minas, a conquista teve um gosto ainda mais especial. Eles ganharam a medalha “superouro”, dada a apenas 30 participantes do mundial, que foi encerado nesta terça-feira (14) e reuniu 46 países.

Ao todo, Brasil levou 57 medalhas no concurso em Tours — Foto: SerTãoBras/Divulgação

Um deles é Ivacy dos Santos, da região do Vale do Rio Doce. O sabor que rendeu a premiação máxima a ele mistura queijo e outra especialidade do estado: a cachaça.

“Meu queijo é da região do Serro, estamos no município de Sabinópolis. Ele é maturado, com casca florida de oito meses. Maturado na cachaça. É bem marcante, bem macio e bem cremoso, disse ao G1, direto da França.

Além do Queijo Minas Artesanal Quilombo na Cachaça, levaram o “superouro” o Canastra Reserva do Ivair, de São Roque de Minas, o Santo Casamenteiro, de Cruzília, e o Canastra Serjão Maturado 100 Dias, de Piumhi.

Ivacy já havia participado do concurso em 2019, quando ganhou uma medalha de bronze. Desta vez, ele também faturou uma medalha de prata com um queijo de casca lavada.

Ivacy dos Santos exibe medalhas na volta da França para o Brasil — Foto: Redes Sociais

Os produtos brasileiros foram enviados ao exterior com a organização da SerTãoBras, uma associação voltada para trabalhadores rurais. Segundo a instituição, concorreram 183 queijos de Minas Gerais, São Paulo, Pará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.

“Já é a terceira vez que a gente participa desse mundial, mas nos superamos em quantidade de medalhas e de queijos”, comenta Débora Sperat Czar, presidente da SerTãoBras.

Ela afirma que o queijo brasileiro ainda não é valorizado como os do exterior e, por isso, a participação dos profissionais neste tipo de concurso é fundamental.

Segundo a presidente, o valor comercializado no Brasil de um queijo vencedor pode subir em até 200%, melhorando a remuneração do produtor. Além disso, o laticínio passa a ser mais buscado pelos clientes.

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Fonte: G1