Mercado passa a prever alta do PIB maior que 4% neste ano e sobe de novo a estimativa da inflação | Economia


Os economistas do mercado financeiro passaram a estimar um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 4% para este ano, ao mesmo tempo em que elevaram ainda mais a projeção de inflação para este ano.

As previsões do mercado constam no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

No caso do Produto Interno Bruto de 2021, os economistas do mercado financeiro subiram a estimativa para alta de 3,96% para 4,36%. Foi a sétima alta seguida do indicador.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Para 2022, o mercado subiu a previsão de alta do PIB de 2,25% para 2,31%.

A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia da Covid-19, que derrubou a economia mundial em 2020 e continua sendo um fator de desgaste em 2021. Entretanto, a economia tem mostrado reação nos últimos meses.

Economistas falam sobre PIB e sobre o que esperar da economia brasileira

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Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano subiu de 5,31% para 5,44%. Segundo o BC, essa foi a nona semana seguida de alta na expectativa.

O centro da meta de inflação, em 2020, é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado fica cada vez mais acima do teto do sistema de metas.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Para 2022, o mercado financeiro elevou de 3,68% para 3,70% a estimativa de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

O mercado financeiro manteve em 5,75% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Com isso, os analistas seguem estimando novas altas dos juros em 2021.

Em março, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa básica da economia foi aumentada pelo BC para 2,75% ao ano. E, na semana passada, o Copom elevou o juro para 3,5% ao ano.

Para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa para a taxa Selic em 6,50% ao ano, o que pressupõe que a taxa de juro básico continuará subindo no próximo ano.

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5,30. Para o fim de 2022, continuou também em R$ 5,30 por dólar.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 permaneceu em US$ 68 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado avançou de US$ 60 bilhões para US$ 60,35 bilhões de superávit.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano caiu de US$ 58 bilhões para US$ 57,65 bilhões. Para 2022, a estimativa cresceu de US$ 65 bilhões para US$ 65,70 bilhões.



Fonte: G1