Mercado financeiro sobe para 8,69% a estimativa de inflação em 2021 e vê alta menor do PIB | Economia


O mercado financeiro elevou pela vigésima oitava semana seguida a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, em 2021. Também passou a prever uma alta menor da atividade econômica.

As previsões do mercado constam no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano subiu de 8,59% para 8,69%.

Expectativa do mercado para o IPCA de 2021

Fonte: Banco Central

O centro da meta de inflação, em 2020, é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado já está acima do dobro da meta central de inflação (7,5%).

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,17% para 4,18% a estimativa de inflação. Foi a décima terceira alta seguida. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

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Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,04% para 5,01% em 2021.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Para 2022, o mercado baixou a previsão de alta do PIB de 1,54% para 1,50%.

O mercado financeiro também manteve em 8,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Com isso, os analistas seguem estimando alta dos juros neste ano.

Em março, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa básica da economia foi aumentada pelo BC para 2,75% ao ano. Em maio, o Copom elevou o juro para 3,5% ao ano e, em junho, a taxa avançou ara 4,25% ao ano. Em agosto, a taxa subiu para 5,25% ao ano e, na semana passada, foi elevada para 6,25% ao ano.

Para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro mantiveram expectativa para a taxa Selic estável em 8,75% ao ano, o que pressupõe alta do juro básico da economia também no próximo ano.

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 ficou estável em R$ 5,25. Para o fim de 2022, permaneceu também em R$ 5,25 por dólar.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 subiu de US$ 70 bilhões para US$ 70,25 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado avançou de US$ 63 bilhões para US$ 63,65 bilhões de superávit.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano recuou de US$ 51 bilhões para US$ 50 bilhões. Para 2022, a estimativa caiu de US$ 60,50 bilhões para US$ 60,25 bilhões.

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Fonte:G1