Leilão do 5G: presidente da Anatel propõe implantação gradual de tecnologia de ponta | Tecnologia


O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euler e Morais, propôs nesta quinta-feira (25) durante reunião do conselho diretor do órgão a implantação gradual de uma rede de banda larga para 5G, tecnologia que promete uma velocidade de internet bem superior à das tecnologias atualmente disponíveis.

Morais fez a proposta ao apresentar o voto em reunião do conselho diretor da Anatel que decide sobre o edital de licitação do leilão do 5G.

Em seu voto, o presidente da agência sugeriu que a nova rede seja exigida integralmente somente a partir de 1º de janeiro de 2025. Enquanto isso, poderia ser instalada gradualmente, e as operadoras poderiam usar a infraestrutura que já têm para ofertar o serviço.

O voto de Morais divergiu do voto do relator do edital, conselheiro Carlos Baigorri, que propôs que se exigisse das vencedoras do leilão a construção imediata da nova rede 5G, para a oferta do serviço na faixa de 3,5 GHz.

A faixa de 3,5 GHz é a que desperta mais interesse das empresas de telefonia, por exigir menos investimentos para a implantação da tecnologia.

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A exigência proposta pelo relator impediria as operadoras de usar redes existentes como a do 4G para ofertar o serviço de 5G.

O argumento do relator é que somente com a rede nova o consumidor teria realmente uma experiência de 5G, com velocidade maior que as atualmente disponíveis.

Morais defendeu a implantação gradual dessa rede para dar tempo às empresas.

“Para um ambiente justo e saudável é fundamental conferir ao agente privado a faculdade de buscar a inovação”, afirmou

O voto do relator foi apresentado no último dia 1º, quando o presidente da agência pediu vistas do processo (mais tempo para analisar).

Mesmo após o pedido de vistas, outros dois conselheiros da Anatel, Vicente de Aquino Neto e Moisés Moreira, adiantaram seus votos, favoráveis ao relatório de Baigorri. No entanto, eles ainda podem alterá-los.

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Em seu voto, Morais manteve a previsão de que as empresas vencedoras do leilão paguem pela transferência do sinal de parabólicas, que hoje ocupa uma das faixas de frequência a serem usadas para o novo serviço.

A proposta prevê que o sinal das parabólicas passe da faixa de 3,5 GHz, que será usada no 5G, para a banda Ku.

Essa solução é defendida pelas emissoras comerciais de TV, para as quais é uma medida mais permanente, a fim de evitar interferências e garantir que a TV gratuita continue chegando a todos os que recebem o sinal das emissoras por parabólica no interior do país.



Fonte: G1