Julgamento final do marco temporal acontece nesta quarta (27)


O julgamento final do marco temporal deve ser definido nesta quarta-feira (27/9) no Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão está prevista para iniciar às 14 horas.

Na sessão devem ser discutidas as novas que deverão ser seguidas para a demarcação de terras indígenas.

Marco temporal

Indígenas
Marco Temporal começou a ser discutido em agosto de 2021. Foto: Lohana Chaves/Funai

Na semana passada o Supremo, por 9 votos a 2, julgou inconstitucional o marco temporal, porém os demais pontos que deveriam ser debatidos foram adiados.

Nesta quarta (27), dentre os pontos a serem analisados está a possibilidade de indenização a particulares que adquiriram terras de “boa-fé” e se o pagamento seria condicionado à saída de proprietários das áreas indígenas.

Além disso também pode ser discutido a sugestão que o ministro Dias Toffoli propôs, como a autorização da exploração econômica das terras pelos indígenas. Caso aprovada, a produção da lavoura e de recursos minerais, como o potássio, poderá ser comercializada pelas comunidades.

Julgamento

Julgamento do marco temporal
Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), se posicionou contra o projeto de lei. Foto: Divulgação

O marco temporal é uma tese defendida pelos ruralistas que estabeleceram que a demarcação de terras indígenas só poderá ocorrer com as terras que foram exigidas em 5 de outubro de 1988, período em que a Constituição foi promulgada

O caso começou a ser discutido em agosto de 2021 e os indígenas, assim como a decisão do STF, são contra o marco temporal, pois defendem que a posse de uma terra não está vinculada diretamente ao fato de um povo ter ocupado alguma região na data da Constituição.

Além disso, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), também se posicionou contra o projeto de lei e alegou que as atividades agropecuárias podem ser prejudicadas.

“A revisão dessa jurisprudência trará consequências drásticas para a atividade agropecuária e para as relações sociais, instalando um estado de permanente insegurança jurídica para toda a sociedade brasileira, incluindo nesse rol milhares de produtores rurais em todo o país”, ponderou. 

Confira os votos no Supremo

Contra o marco temporal

  • Edson Fachin (relator);
  • Alexandre de Moraes;
  • Cristiano Zanin;
  • Dias Toffoli;
  • Luiz Fux;
  • Cármen Lúcia;
  • Roberto Barroso;
  • Rosa Weber;
  • Gilmar Mendes.

A favor 

  • André Mendonça;
  • Nunes Marques.



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