Ipea projeta crescimento de 3% para o PIB em 2021 | Economia


O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve avançar 3% neste ano e 2,8% em 2022.

Na Carta de Conjuntura divulgada nesta terça-feira (30), o Ipea também informou que a atividade econômica deve recuar 0,5% no primeiro trimestre por causa dos efeitos da pandemia de coronavírus. Com o descontrole da doença, estados e municípios voltaram a restringir o funcionamento de atividades que não são consideradas essenciais.

A projeção do instituto para este ano é um pouco mais pessimista do que a do mercado de forma geral. No relatório Focus, do Banco Central, os analistas consultados avaliam que o PIB de 2021 deve crescer 3,18%.

“Ainda que uma nova rodada de medidas fiscais de combate aos efeitos da pandemia esteja programada para começar em abril, o impacto negativo sobre a atividade econômica tende a prevalecer no primeiro semestre, embora em magnitude significativamente menor do que a verificada no ano passado”, escreveram os economistas do Ipea.

Em abril, o governo planeja retomar o pagamento do Auxílio Emergencial. A nova rodada do benefício deve custar R$ 44 bilhões, um valor bem menor do que os R$ 300 bilhões desembolsados no ano passado.

Na avaliação do Ipea, a economia brasileira deve mostrar uma aceleração ao longo do segundo semestre conforme a cobertura vacinal avance no país. No Brasil, 16,2 milhões de pessoas receberam apenas uma dose da vacina até segunda-feira (29).

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“No segundo semestre, o cenário considerado na projeção é que a cobertura vacinal contra a Covid-19 esteja avançada e permita a retomada do crescimento devido ao aumento da confiança dos consumidores e empresários e à redução de medidas de isolamento social”, apontaram os técnicos do Ipea.

O Ipea também estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar 2021 em 4,6%. Para 2022, a previsão é de alta de 3,4%.

Segundo o instituto, a alta da taxa básica de juros e a queda de incertezas fiscais devem contribuir para uma inflação mais branda no ano que vem.

Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Selic em 0,75 ponto percentual, para 2,75% ao ano, e deu início a um ciclo de alta dos juros.

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Fonte: G1