O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que acompanha preços da indústria extrativa e de transformação, subiu 1,39% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (5).
Apesar da alta, houve uma desaceleração em relação ao resultado de outubro, quando o índice registrou avanço de 3,41%, a maior alta da série histórica, iniciada em 2014.
No acumulado no ano, a inflação na indústria atingiu 18,92%. Em 12 meses, chegou a 19,69%. Os valores acumulados são os maiores de toda a série histórica do indicador.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”. Ou seja, sem impostos e frete, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).
Indústria de alimentos puxa alta
Das 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação avaliadas, 19 tiveram alta na passagem de outubro para novembro.
As quatro maiores variações foram observadas em móveis (4,03%), borracha e plástico (3,58%), fumo (-2,91%) e alimentos (2,76%). Já os que mais influenciaram o resultado foram alimentos (0,71 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,15 p.p.), metalurgia (0,14 p.p.) e borracha e plástico (0,13 p.p.).
Segundo o IBGE, a grande responsável pela elevação do IPP em novembro foi a atividade alimentar, que representa cerca de 25% do peso do índice.
“Em novembro, ao juntar a variação com o peso, a contribuição no resultado foi de 0,71 ponto percentual dentro dos 1,39%, ou seja, um pouco mais da metade do resultado. E este já é o quinto aumento consecutivo de preços dos alimentos, que acumulam, no ano, um crescimento de 32,01%, o maior desde 2010, e, em 12 meses, de 35,19%”, afirmou Manuel Souza Neto, gerente do IPP.
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Fonte: G1