Indústria da construção defende proposta do governo de reduzir imposto de importação sobre aço | Economia


A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que representa o setor da construção civil, defendeu a proposta em estudo no governo que prevê a redução do imposto de importação sobre o aço.

Na segunda (9), o blog da jornalista Ana Flor mostrou que a área econômica do governo Jair Bolsonaro estuda um novo pacote de medidas para conter a inflação, entre elas a redução na tarifa externa comum do Mercosul e corte do imposto de importação sobre o aço e itens da cesta básica.

Os produtores brasileiros de aço são contra a medida (leia mais abaixo).

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De acordo com cálculos da CBIC, o aço foi o material que mais impactou no aumento total do custo das obras nos últimos anos. Para a casa própria, por exemplo, um terço do acréscimo se deve unicamente ao aço, informou.

Segundo o presidente da CBIC, José Carlos Martins, essa redução ajudaria “a reduzir custos e dar novamente oportunidade às pessoas a adquirem sua casa própria”.

“Ou damos um choque de oferta ou os brasileiros continuarão com acesso precário a moradias e a tantas outras coisas”, acrescentou ele.

A CBIC informou que, na tentativa de amenizar o problema de custos excessivos, empresas da indústria da construção se movimentam para retomar a importação de aço da Turquia.

A próxima reunião do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia, que pode bater o martelo sobre o tema, está marcada para esta quarta (11).

Representantes dos produtores de aço pediram nesta terça-feira (10) que o governo recue da proposta de reduzir o imposto de importação sobre o aço como medida para tentar conter a inflação da construção civil.

O Instituto Aço Brasil – que representa empresas como Gerdau e ArcelorMittal – levou o pedido do setor ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião nesta terça em Brasília.

No encontro, a entidade argumentou que o eventual corte do imposto não conteria a escalada de preços na construção civil e ainda prejudicaria as vendas do aço brasileiro.

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Fonte: G1