Imposto de Renda 2021: Como funciona a tabela do IR? | Imposto de Renda 2021


A tabela do Imposto de Renda 2021 não teve nenhum reajuste em relação ao ano anterior. As faixas, inclusive, não mudam desde 2015 e acumulam distorções.

Estão isentos, portanto, os rendimentos mensais menores que R$ 1.903,98. A faixa máxima atinge os salários acima de R$ 4.664,68.

Veja abaixo cada segmento.

Faixas do Imposto de Renda

  • Faixa 1: Até R$ 1.903,98: isento
  • Faixa2: De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65: 7,5%
  • Faixa 3: De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15%
  • Faixa 4: De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5%
  • Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68: 27,5%

Como funcionam essas faixas?

O imposto não é cobrado sobre todo o salário – o que é descontado em INSS, por exemplo, não entra na conta.

Além disso, as alíquotas não são cobradas integralmente sobre os rendimentos. Quem ganha R$ 4 mil por mês, por exemplo (e se encaixa na faixa 4 acima), não paga 22,5% sobre toda a parte tributável do salário.

Pelas contas da Receita, os ‘primeiros’ R$ 1.903,98 são isentos. O que passar desse valor, e não superar os R$ 2.826,65 (o limite da faixa 2) é tributado em 7,5%. O que superar limite da faixa 2, mas não o da faixa 3, paga 15%, e assim sucessivamente.

Exemplo de cálculo do IR — Foto: Economia G1

Exemplo de cálculo do IR — Foto: Economia G1

Na prática, a conta pode ser feita da seguinte forma: multiplicando o total do salário pela alíquota cheia referente à faixa e subtraindo os valores fixos abaixo:

  • Faixa 1: zero
  • Faixa 2: R$ 142,80
  • Faixa 3: R$ 354,80
  • Faixa 4: R$ 636,13
  • Faixa 5: R$ 869,36

A conta para um salário de R$ 3 mil (faixa 3) então, fica:

  • (15% x 3.000) – 354,80 = R$ 95,20

Para um salário de R$ 4 mil (faixa 4):

  • (22,5% x 4.000) – 636,13 = R$ 263,87

A Receita Federal também disponibiliza um simulador que pode ser usado para quem quiser fazer esse cálculo – clique aqui para acessar.

Inflação de 2020 aumentou a defasagem da tabela do imposto de renda
Inflação de 2020 aumentou a defasagem da tabela do imposto de renda

Inflação de 2020 aumentou a defasagem da tabela do imposto de renda

Segundo o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a tabela acumula uma defasagem de 113,09% desde 1996. A inflação acumulada foi 346,69%, enquanto as correções de lá para cá somam 109,63%.

A falta de atualização tem levado o brasileiro a pagar mais imposto a cada ano e deixado mais trabalhadores fora do limite de isenção. Caso as correções tivessem sido feitas, estariam isentos os salários até R$ 4.022,89

A correção da tabela foi uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Na semana passada, Bolsonaro voltou a afirmar que gostaria de mexer nas faixas de cobrança do tributo, mas que não poderia fazer nada, porque o Brasil está “quebrado”.

Quem deve declarar em 2021?

  • quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2020. O valor é o mesmo da declaração do IR do ano passado.
  • contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado;
  • quem obteve, em qualquer mês de 2020, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
  • quem teve, em 2020, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural;
  • quem tinha, até 31 de dezembro de 2020, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil;
  • quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2020;
  • quem optou pela isenção do imposto incidente em valor obtido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda.



Fonte: G1