IGP-10 sobe mais 2,99% em março e passa dos 31% em 12 meses, diz FGV | Economia


O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 2,99% em março, acumulando alta de 31,16% em 12 meses. Em fevereiro, o índice havia registrado aumento de 2,97% e, em 2021, já acumula 7,47%.

A principal pressão nos preços deste mês vem dos reajustes de combustíveis. Ao longo dos últimos meses, contudo, são diferentes impactos puxados por preços no atacado.

“Os aumentos autorizados para diesel (5,56% para 22,06%) e gasolina (12,68% para 23,04%) nas refinarias estão influenciando o resultado do índice ao produtor. Nesta apuração, tais combustíveis responderam por 21% do resultado do IPA”, afirma o economista André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV, em nota.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede justamente os preços no atacado, subiu 3,69% em março. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 3,90%.

Inflação sobe 0,86%, maior resultado para fevereiro desde 2016
Inflação sobe 0,86%, maior resultado para fevereiro desde 2016

Inflação sobe 0,86%, maior resultado para fevereiro desde 2016

“A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 9,36% para 17,61%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,02% em março. No mês anterior, a taxa havia sido 0,77%”, mostra o relatório da FGV.

Houve destaque também para o peso dos combustíveis no Índice de Preços ao Consumidor (IPC). A alta no indicador foi de 0,71% em março. Em fevereiro, o índice havia apresentado taxa de 0,35%. Braz lembra que a gasolina foi a principal influência do indicador e respondeu por 63% do resultado da inflação ao consumidor.

“Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Transportes (1,09% para 2,97%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 3,21% para 8,52%”, diz o relatório.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 1,96% em março, contra 0,98% de fevereiro. Destaques foram os Materiais e Equipamentos (1,70% para 4,49%), Serviços (1,09% para 0,73%) e Mão de Obra (0,39% para 0,18%).

Em comparação com março de 2020, antes da pandemia do coronavírus, o IGP-10 havia variado 0,64% contra o mês anterior e acumulava alta de 6,59% em 12 meses.



Fonte: G1