Ibrafe prevê queda de 10% na produção do feijão | Agronegócios


A produção do feijão pode ter uma queda de 10% na primeira safra de 2021, de acordo com o presidente da Ibrafe (Instituto Brasileiro de Feijão) Marcelo Lüders.

Lüders explicou ao G1 que as plantações de feijão tiveram uma diminuição na área plantada por causa de um maior interesse dos agricultores no plantio de soja, já que o grão está com o preço mais atrativo.

Em Mato Grosso, o mesmo aconteceu, mas tendo o milho como substituto do feijão nas plantações, segundo Lüders.

Além disso, o presidente da Ibrafe acredita que problemas climáticos podem interferir no resultado desta primeira safra, principalmente no sul do país:

“O Paraná, que representa 20% da plantação nacional, tem enfrentado problemas climáticos nos últimos 3 anos.”, comenta.

Para Lüders, em 2021 estes empecilhos se repetirão caso o plantio tenha que enfrentar o inverno sulista.

“A partir do final de março você começa a ter noites mais frias e os dias começam a encurtar, então o ciclo do feijão aumenta. Se você não tinha o risco porque as geadas não iriam chegar tão cedo, você passa a ter o risco porque alongou o ciclo.”

O ciclo do feijão por ser esticado por causa de um plantio mais tardio, devido ao atraso na colheita da soja, explica Lüders.

Normalmente, os produtores de feijão trabalham com uma margem de sobra. Porém, com a redução da área de plantio, somado ao aumento do consumo gerado durante o isolamento social, estes estoques zeraram.

Por isso, o presidente da Ibrafe acredita que o preço pode subir como consequência na diminuição da oferta.

Para a Ibrafe, outro fator que vai incentivar uma elevação do preço é um aumento em outros grãos, que pode acabar puxando o valor do feijão.

Ainda assim, a Ibrafe defende que o feijão brasileiro é um dos mais baratos no mercado.

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Fonte: G1