Ibovespa opera em alta após 7 quedas seguidas | Economia


O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta quarta-feira (27), após ter acumulado perdas nos últimos sete pregões.

Às 10h11, o Ibovespa subia 1,60%, a 109.940 pontos. Veja mais cotações.

Já o dólar é negociado em alta, acima dos R$ 5.

Na terça-feira, a bolsa fechou em queda de 2,23%, a 108.213 pontos – menor patamar de fechamento desde 24 de janeiro. Com o resultado, passou a acumular queda de 9,82% no mês. No ano, o ganho ainda é de 3,23%.

Carlos Alberto Sardenberg analisa o avanço do dólar e a alta das projeções de inflação

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O que está mexendo com os mercados?

Lá fora, as bolsas da Europa tinha uma sessão de recuperação nesta quarta-feira, enquanto que os preços do petróleo recuavam.

Os mercados globais têm sido guiados nos últimos dias pelas preocupações com os impactos das restrições de combate ao coronavírus na China e pelas apostas de uma alta maior dos juros nos EUA em razão da disparada da inflação em todo o mundo.

Por aqui, o IBGE divulgou que a O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado uma prévia da inflação oficial do país – ficou em 1,73% em abril, a maior taxa para o mês desde 1995, quando ficou em 1,95%. Com o resultado, a taxa bateu 12,03% em 12 meses.

“O repique do dólar, caso não seja interrompido, tenderá a aumentar a pressão para que o Copom estenda o ciclo de ajuste da taxa básica Selic para além de maio – ainda mais num contexto em que as expectativas de mercado para a inflação doméstica continuam a se deslocar para cima”, destacou em relatório a LCA Consultores.

Segue também como fator de preocupação doméstica a crise entre o governo e o Judiciário, após o perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao aliado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal. A ministra Rosa Weber deu um prazo de 10 dias para Bolsonaro prestar informações sobre o decreto editado um dia após a condenação do deputado.



Fonte:G1