Neste Dia dos Pais, celebramos a força, a dedicação e o amor incondicional dos homens que, além de serem pilares em suas famílias, também são protagonistas em uma das áreas mais importantes da economia brasileira: o agronegócio.
Para muitos desses pais, o desafio de equilibrar o trabalho no campo com a vida familiar é uma missão diária, repleta de sacrifícios, mas também de grandes recompensas.
Desafio de ser pai
Hélio Leite, é agricultor em uma fazenda de Santo Antônio de Goiás, a 27 km de Goiânia. Ele viu no agronegócio uma oportunidade de mercado. Atualmente, trabalha com lavoura de soja e milho verde, máquina agrícola e gado de corte.
“Comecei minha trajetória no agro em 1996. Meu maior desafio foi quando meus filhos começaram estudar, em 98/99. Nessa época eu morava em Mossâmedes e a escola era bem longe. As crianças iriam para o colégio de madrugada em cima de uma caminhonete”, relembra.
Ele também destaca momentos que tiveram que escolher entre o trabalho e os filhos.
“Eu não acompanhei os meus filhos na escola. Em dias de festinhas, apresentações, reuniões de pais, por exemplo. Isso eu não participei devido estar no trabalho na fazenda. Se a data caísse no dia de aplicação de produto ou adubação em uma lavoura, era preciso deixar de participar porque não poderia deixar aquele dia passar”, conta.
O trabalho no campo é árduo, mas também gratificante. E mesmo com as dificuldades a família permaneceu sempre unida, celebrando cada conquista ao longo de uma colheita. Os filhos Wellington e Pauline sempre auxiliaram nas demandas da fazenda.
Hoje os filhos de Hélio não trabalham efetivamente no agronegócio, mas levam com muito orgulho o que aprenderam com o matriarca durante os anos.
“Que eles nunca esqueçam da onde saíram, que é o agronegócio. Sempre gostei de tralhar no agro, criei os meus filhos e é o que eu amo. Hoje eu não sei viver sem o agro”, diz Leite.
Um legado que passa de pai para filho
Muitos outros pais no agronegócio têm encontrado formas de passar adiante o legado, não apenas em termos de patrimônio, mas de valores. Um exemplo é Luiz Paulo Pereira da Silva, 37 anos, que administra uma fazenda de produção de grãos em Tocantins.
Luiz Paulo aprendeu com o pai o valor e importância do agro.
“Minha família é do agronegócio, meu pai trabalhava com café, feijão, e foi o que me motivou. O meu sonho era trabalhar com máquinas agrícolas, eu venci os desafios e hoje eu consegui, conquistar o que eu sempre almejei”, conta.
Ele relembra que o agronegócio é desafiante. E conta quando teve que ficar longe da família, pois precisou mudar de Estado.
“Foi um desafio muito grande, eu não conhecia ninguém e tive que lutar sozinho”, relata.
Para Luiz Paulo hoje é mais tranquilo com o apoio da família e filhos, Maria Helena, 9 anos e Felipe, 18. Ele destaca a importância da família em primeiro lugar e acredita que o segredo para equilibrar a vida no campo e a família está na organização e no envolvimento dos filhos desde cedo.
“Os meus filhos vão ter como exemplo um pai que esforçou para cuidar e dar o melhor para eles. Com humildade e honestidade e responsabilidade”, diz.
Para esses pais, o agronegócio não é apenas um negócio, mas uma forma de vida que envolve toda a família. E, no final do dia, o que mais importa não são os hectares cultivados ou os rebanhos criados, mas os laços fortalecidos e as memórias construídas junto àqueles que amam.