Fernando Haddad prometeu a empresários nesta segunda-feira, em encontro na Fiesp, que a gestão Lula priorizará as reformas fiscal, de crédito e regulatória com foco na reindustrialização do país. O ministro da Fazenda afirmou que esse é um desejo seu, do presidente, do vice Geraldo Alckmin e da ministra do Planejamento, Simone Tebet.
No caso da reforma fiscal, ele se refere à nova política de limitação de gastos públicos em substituição ao teto de gastos em gestação pelo governo e que deve ser apresentada ao Congresso no primeiro trimestre deste ano.
A reforma de crédito visa renegociar dívidas de famílias inadimplentes, sobretudo às de menor renda, e ampliar a oferta de dinheiro a terceiros no país. Já sobre a reforma regulatória, Haddad afirmou que ela terá um sentido amplo, com foco em investimentos na indústria.
“Eu vejo muito interesse do mundo no Brasil e penso que ele será crescente se acertarmos o passo dessas três grandes agendas: a fiscal, a de crédito e a regulatória no sentido amplo, com vistas à reindustrialização. O Alckmin está animado, o presidente Lula está animado, a ministra Tebet está. Todo mundo está com foco nisso”, disse.
O ministro minimizou a desconfiança do mercado financeiro e de parte do setor produtivo com a terceira gestão de Lula. Ele afirmou que é natural que a sociedade busque “respostas prontas” nos primeiros dias de um novo governo, mas prometeu “alta intensidade” na agenda de reformas.
“Faz um mês que estamos no governo. Eu já participei de vários começos de governo e nunca vi um tão intenso quanto esse. Ainda estamos sentindo o calor da transição, mas as coisas estão entrando nos eixos, as pessoas estão se conhecendo e gera-se um pouco de insegurança, o que é natural. O presidente Lula assumiu a presidência pela primeira vez têm 20 anos. Então, é natural que as pessoas tenham questões a serem colocadas e uma certa ansiedade para de respostas prontas para tudo, como se em 30 dias tivéssemos que dar conta de todos os problemas herdados do passado recente e do passado longínquo. Não será assim, mas será um governo de alta intensidade do ponto de vista das reformas necessárias para o país andar”, disse.