Hackers acessaram redes de órgão responsável por arsenal nuclear dos EUA, diz site | Mundo


Hackers acessaram as redes do Departamento de Energia e de Administração Nacional de Segurança Nuclear dos Estados Unidos, informou reportagem do site Politico publicada nesta quinta-feira (17). O órgão é o responsável pelo arsenal atômico americano.

Não há detalhes sobre como os sistemas do departamento foram afetados, nem se sabe que tipos de informações que poderiam envolver as armas nucleares dos Estados Unidos estiveram nas mãos dos hackers.

A porta-voz do Departamento de Energia, Shaylyn Hynes, disse em comunicado que não há risco para a segurança nacional.

“Por enquanto, a investigação descobriu que o malware atingiu apenas redes de trabalho, sem afetar a missão essencial de segurança nacional do departamento”, afirmou.

Porém, segundo a reportagem do site Politico, a investigação ainda está em andamento e a extensão dos dados pode demorar semanas até que seja conhecida.

Mais tarde, o Departamento de Energia confirmou que agiu para conter um ataque cibernético supostamente de origem na Rússia e negou que o escritório que cuida da área nuclear tenha sofrido com os impactos da invasão hacker.

“Isso reforça que precisamos modernizar nosso equipamento nuclear para assegurar que se mantenha seguro, confiável e eficaz contra ameaças”, disse a senadora republicana Deb Fischer, que integra um comitê de supervisão do armamento atômico.

O site Politico publicou a reportagem um dia depois de o FBI — equivalente à Polícia Federal americana — e mais duas agências de infraestrutura cibernética e inteligência dos EUA divulgarem um comunicado em que reconhecem uma “ofensiva significativa” de hackers no país.

Em nota, o FBI informou que está “investigando e reunindo dados de inteligência para responsabilizar, autuar e desmantelar os autores responsáveis pela ameaça”.

Hackers que supostamente trabalham para a Rússia vêm monitorando o tráfego interno de e-mails nas agências dos Estados Unidos, suspeitam agentes de inteligência. Não está claro, no entanto, o grau de envolvimento de Moscou nas ações.

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Fonte: G1