Grayscale Investments, a maior gestora de ativos digitais do mundo, anunciou sua mais recente empreitada no mercado de criptomoedas. A empresa vai lançar um novo produto de investimento diversificado na crescente indústria de finanças descentralizadas (DeFi).
O novo fundo é o 15º produto da companhia em criptoativos e o segundo em “produtos diversificados”.
“O surgimento dos protocolos financeiros descentralizados proporcionam claros exemplos de tecnologias que podemos redefinir o futuro da indústria de serviços financeiros”, disse o CEO da Grayscale Investments, Michael Sonnenshein.
O fundo oferece aos investidores institucionais uma seleção dos principais protocolos DeFi, permitindo que os investidores invistam em DeFi sem a necessidade de comprar tokens reais.
“Grayscale continua a se concentrar na criação de oportunidades para que os investidores acessem novas e empolgantes partes do ecossistema de ativos digitais.”
Grayscale e o lançamento do fundo DeFi
Em uma entrevista à CNBC, o CEO da Grayscale disse ter visto interesse de uma ampla base de investidores existentes e potenciais pelos ativos das finanças descentralizadas, dessa forma, a empresa revelou o novo produto em suas redes sociais nesta segunda-feira (19).
“Hoje apresentamos o Grayscale DeFi Fund, nosso segundo produto de investimentos diversificados, rastreado pela Coindesk #DeFi Index. Os investidores credenciados agora poderão se expor a uma seleção de protocolos DeFi líderes na indústria por meio do fundo”.
Today we’re unveiling Grayscale DeFi Fund, our second diversified investment product, which tracks the @CoinDesk #DeFi Index. Accredited Investors are now able to gain exposure to a selection of industry-leading DeFi protocols through the Fund. Learn more: https://t.co/i0hm9vrklB pic.twitter.com/QASEp9SpfK
— Grayscale (@Grayscale) July 19, 2021
Grayscale e Coindex
O novo fundo permitirá que os investidores obtenham um nível de exposição em protocolos DeFi líderes selecionados “por meio de uma carteira ponderada de capitalização de mercado projetada para rastrear o Índice CoinDesk DeFi”.
De acordo com o anúncio da empresa, o CoinDesk DeFi Index vai “fornecer uma representação de referência ampla de protocolos DeFi”.
A Grayscale faz parte da Digital Currency Group (DCG), que é um conglomerado de empresas fundado por Barry Silbert.
A DCG administra mais de US$ 40 bilhões em criptomoedas e é dona da Genesis Trading e do site de notícias Coindesk – daí a parceria.
O índice CoinDesk DeFi tem como objetivo proporcionar uma representação da referencia de uma base ampla dos protocolos DeFi, a metodologia do Índice inclui ativos líquidos sobre uma base ponderada por capitalização de mercado.
Atualmente o índice possuí os seguintes ativos e ponderações:
- Uniswap (UNI), 49.95%
- Aave (AAVE), 10.25%
- Compound (COMP), 8.38%
- Curve (CRV), 7.44%
- MakerDAO (MKR), 6.49%
- SushiSwap (SUSHI), 4.83%
- Synthetix (SNX), 4.43%
- Yearn Finance (YFI), 3.31%
- UMA Protocol (UMA), 2.93%
- Bancor Network Token (BNT), 2.00%
Assim como acontece com outros produtos da empresa, a Grayscale pretende que as ações do novo produto sejam cotadas em um mercado secundário. Porem, conforme comunicado, não há garantias que isso aconteça.
Na ausência de qualquer produto de investimento regulamentado, a Grayscale acabou se tornando a principal opção de investimento para vários investidores institucionais. A empresa está trabalhando para converter seu principal produto de investimento, o Grayscale Bitcoin Trust, em um ETF de Bitcoin.
O CEO da Grayscale disse acreditar que a aprovação é uma questão de “quando”, e não de “se”. Ele está confiante de que a SEC vai aprovar o ETF, apesar dos atrasos atuais.
As ações de certos produtos da Grayscale têm sido aprovadas para serem negociadas em mercados secundários, mas os investidores do novo produto não devem assumir que o novo fundo obterá as ditas aprovações, devido a vários fatores, especialmente de regulações como a SEC, FINRA e outros.
Assim, os investidores (acionistas) do novo produto devem estar preparados para assumir os riscos de investir em ações de mercado indefinido.
Fonte: R7
