No início do ano, usuários do aplicativo foram avisados sobre uma atualização nos termos de uso, que incluiu mais detalhes sobre o compartilhamento de dados com a rede social.
O órgão enviou uma notificação para as empresas, que devem responder 10 questionamentos sobre as alterações programadas para vigorar a partir de maio. O prazo da Senacon é de 15 dias, a contar do recebimento da notificação.
Ao G1, o WhatsApp disse que “está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários à Senacon”.
A Senacon quer que o Facebook informe, em linhas gerais:
- se o usuário poderá controlar quais dados pessoais são compartilhados;
- quais são os impactos da nova política de privacidade comparado com versões anteriores;
- quais dados são colocados à disposição de terceiros, incluindo empresas do Facebook;
- se há a opção de continuar usando o WhatsApp caso o usuário não aceite a nova política.
O órgão quer entender ainda por que há diferenças na política de privacidade para usuários da União Europeia, que permite que as pessoas escolham não compartilhar informações.
No bloco europeu, o WhatsApp segue um conjunto de regras diferente do restante do mundo, por causa da lei de proteção de dados local.
Questionamentos similares foram feitos pela Índia, que pediu que o aplicativo cancelasse a atualização de política de privacidade em 19 de janeiro.
O anúncio de novidades na política de privacidade gerou desconfiança entre usuários – aplicativos concorrentes como o Telegram e o Signal foram baixados milhões de vezes desde que a notificação surgiu para usuários do WhatsApp.
A repercussão fez com que o WhatsApp se manifestasse, reforçando que o conteúdo de mensagens e ligações é protegido por criptografia e não pode ser acessado pela companhia.
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Fonte: G1