Governo anuncia criação de 12 unidades de conservação na Caatinga


O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma Caatinga, que devem serem implantadas até 2026.

Até o momento, encontram-se em andamento as ampliações do Parque Nacional da Serra das Confusões no Piauí, da Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte e do Refúgio da Vida Silvestre do Soldadinho-do-Arararipe, no Ceará.

“Os estudos da ciência estão nos mostrando que já temos uma ampliação das áreas que eram semiáridas e que estão ficando áridas. Isso é mudança do clima. Se a gente ‘descaatinga’ a Caatinga, a gente agrava o problema”, explicou a ministra do MMA, Marina Silva.

Criação de unidades de conservação

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Caatinga só existe no Brasil e abriga uma biodiversidade única, com grande número de espécies endêmicas, que só ocorrem no bioma. Foto: Divulgação

O anúncio das novas unidades de conservação foi anunciado nessa segunda-feira (10), durante o lançamento da campanha Terra, Floresta, Água – Movimento Nacional de Enfrentamento à Desertificação e à Seca.

As iniciativas também integram a Missão Climática pela Caatinga, que reuniu governos federal e locais, além da participação do secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, Ibrahim Thiaw, no enfrentamento aos efeitos da mudança climática na Caatinga presente em 12% do território do país.

Com base nos dados do MMA, a desertificação atinge 13% do semiárido brasileiro e são em regiões onde a atividade humana e as variações climáticas determinam a perda total da biodiversidade, da capacidade de oferecer serviços ecossistêmicos e até da capacidade produtiva do solo para a segurança alimentar.

A Caatinga só existe no Brasil e abriga uma biodiversidade única, com grande número de espécies endêmicas, que só ocorrem no bioma.

Unidades de Conservação Unidades de Conservação
Desde 2015 o  Brasil tem uma Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, que foi criada pela lei n°13,153, mas nos últimos anos o desmatamento da Caatinga avançou. Foto: Divulgação

Sendo assim, essas características, somadas ao fato de ter 60% de seu território ocupado por populações, fazem com que a vegetação nativa dessa região seja a mais suscetível às mudanças climáticas, conforme indicou o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).

Desde 2015 o  Brasil tem uma Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, que foi criada pela lei n°13,153, mas nos últimos anos o desmatamento da Caatinga avançou.

De acordo o Relatório Anual do Desmatamento da Mapbiomas, em 2023 mais de um quinto dos alertas de desmatamentos em todo o Brasil foram no bioma.

Informações extraídas da Agência Brasil 



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