O Google disse nesta segunda-feira (28) que os desenvolvedores que distribuem aplicativos na loja Play Store serão obrigados a usar o sistema próprio de pagamentos da empresa, que cobra comissão de 30% para cada transação.
Essa regra já existe, mas alguns aplicativos “burlam” a cobrança ao oferecer sistemas alternativos de pagamentos para assinaturas e outros itens digitais. Os desenvolvedores terão até 30 de setembro de 2021 para realizar adaptações.
Essa mudança alinha a política do Google com a praticada pela Apple, que remove aplicativos que passam por cima da sua plataforma de pagamentos.
A cobrança do “imposto” pelas transações causa desconforto entre alguns criadores de aplicativos, que são contra a exigência.
A Epic Games, criadora do game Fortnite, processou Apple e Google por considerar a prática desleal e impedir a concorrência.
O jogo passou a oferecer um método de compra de moedas digitais que não pagava comissões, e foi removido das lojas de apps do iPhone e do Android.
Empresas que estão por trás de aplicativos como Spotify e Tinder se juntaram à Epic e criaram uma aliança para pressionar contra a comissão. As companhias defendem a criação de um código de conduta a ser adotado pelas lojas de apps.
Embora a notícia sobre a comissão possa desagradar desenvolvedores, o Google anunciou outras mudanças sobre a distribuição dos aplicativos no Android, atendendo uma das demandas dos criadores.
A companhia disse que irá facilitar a instalação de lojas alternativas a partir do Android 12 – que será lançado no ano que vem. Isso permitirá que alguns desenvolvedores incentivem seus usuários a instalar seus aplicativos a partir de outras fontes – como a Galaxy App Store, da Samsung.
O Google defende que essa medida irá garantir mais concorrência e que cada loja poderá decidir sobre o seu próprio modelo de negócios – escolhendo cobrar ou não taxas por transações – e que cada aplicativo será livre para escolher onde deseja ser distrubuído.
A Play Store vem instalada de fábrica na maioria dos dispositivos Android. Algumas marcas incluem lojas próprias, como a Samsung e Huawei.
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Fonte: G1