Google completa aquisição da Fitbit por US$ 2,1 bilhões sem receber aval de órgão dos EUA | Tecnologia


O Google anunciou nesta quinta-feira (14) que completou a aquisição da fabricante de dispositivos vestíveis Fitbit por US$ 2,1 bilhões, anunciada em 2019.

A finalização do acordo acontece quase um mês depois de o órgão regulador da União Europeia dar o seu aval para o negócio. O sinal verde veio após o Google concordar em restringir como utilizará os dados de saúde recolhidos pelos dispositivos da Fitbit.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, no entanto, emitiu um comunicado nesta quinta (14) afirmando que ainda está analisando a aquisição.

“A investigação da Divisão Antitruste sobre a aquisição da Fitbit pelo Google continua em andamento”, disse Alex Okuliar, procurador-geral adjunto, em comunicado enviado à agência “Bloomberg”.

“Embora a Divisão Antitruste não tenha chegado a uma decisão final sobre se deve ou não prosseguir com uma ação de fiscalização, continuamos a investigar se a aquisição da Fitbit pelo Google pode prejudicar a concorrência e os consumidores nos Estados Unidos”, completou.

Condições da União Europeia

A Comissão Europeia disse que havia feito concessões com o Google, válidas por 10 anos com a possibilidade de prorrogação por mais 10 anos, abordando as preocupações sobre a concorrência.

“Este acordo sempre foi sobre os dispositivos, não sobre dados, deixamos isso claro desde o início e vamos proteger a privacidade dos usuários da Fitbit”, afirmou o Google em comunicado.

O Google armazenará os dados do usuário do Fitbit separadamente dos dados do Google usados para publicidade e não usará os dados de dispositivos vestíveis para o Google Ads.

Os usuários podem decidir se desejam armazenar seus dados de saúde em sua conta do Google ou do Fitbit, seguindo essas regras. No anúncio desta quinta (14), a companhia disse que irá seguir essas diretrizes globalmente.

A Fitbit, que já foi líder no mercado de dispositivos vestíveis, perdeu mercado para Apple, Xiaomi, Samsung e Huawei nos últimos anos.

Investigações por monopólio

O Google é alvo de investigações e processos por monopólio nos EUA. Essas ações não estão relacionadas com a aquisição da Fitbit.

Em dezembro de 2020, o Google foi processado pelo Texas e mais 9 estados, acusado de monopólio do mercado de publicidade digital.

Em outubro passado, o Departamento de Justiça dos EUA também processou a companhia por abuso de poder e concorrência desleal relacionadas ao seu sistema de buscas.

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Fonte: G1