Goiás prorroga por mais 180 dias situação de emergência para gripe aviária


A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) estendeu por mais 180 dias a situação de emergência zoosanitária no Estado de Goiás como medida preventiva contra o risco de gripe aviária.

A medida, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 25 de julho, entrou em vigor no último domingo (28), e inclui um plano de vigilância para a doença e para Newcastle.

Com isso, a prorrogação do status de emergência zoossanitária da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1) vai seguir até janeiro de 2025.

A legislação estadual está alinhada com as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Nos últimos meses, nenhum outro caso da doença foi registrado no Brasil.

“Felizmente, não tivemos nenhuma confirmação da doença em Goiás e essa prorrogação deve permitir que intensifiquemos as ações executadas pela Agência, incluindo a prevenção e o monitoramento das aves, sejam silvestres, de subsistência (de quintal) ou em granjas comerciais”, destacou o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta.

Gripe aviáriaGripe aviária
Foto: Enio Tavares

Plano de Vigilância de Gripe Aviária e doença de Newcastle

Embora a Influenza Aviária já tenha sido identificada em oito estados brasileiros, Goiás ainda não registrou casos.

Entre janeiro e junho, a Agrodefesa conduziu um inquérito soroepidemiológico em aves em Goiás, como parte do Plano de Vigilância de Influenza Aviária e da doença de Newcastle.

Mais de 50 fiscais estaduais agropecuários – médicos veterinários – foram mobilizados em todas as regiões do Estado, realizando coletas em 142 propriedades comerciais avícolas e monitorando aves de subsistência em 56 propriedades. Ao todo, 6.704 amostras foram coletadas e analisadas.

Além dos profissionais em campo, seis médicos veterinários do Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário da Agrodefesa (Labvet) ficaram responsáveis pela triagem e envio das amostras ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP). Três outros profissionais ofereceram suporte direto na Gerência de Sanidade Animal para assegurar a execução adequada do plano.

De acordo com o gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Rafael Vieira, as ações coordenadas estão sendo realizadas junto aos produtores e às entidades representativas do setor.

“Temos realizado ações para monitorar a entrada de doenças de alto potencial patológico como a Influenza Aviária e também a doença de Newcastle. O inquérito do primeiro semestre concluiu que não há circulação desses vírus no Estado e que Goiás mantém o status de zona livre das duas doenças”. 

A notificação de possíveis casos de doença pode ser feita em uma das Unidades Operacionais Locais da Agrodefesa nos municípios ou por meio do sistema e-Sisbravet.

Influenza aviáriaInfluenza aviária
Foto: Envato

Esta doença, que deve ser notificada à Organização Mundial da Saúde Animal devido ao seu alto potencial de contágio, pode levar não só à dizimação do plantel, mas também à imposição de barreiras sanitárias que afetam a comercialização de produtos avícolas tanto no mercado interno quanto no externo, resultando em prejuízos econômicos significativos para os produtores do setor.



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