Garoto de 10 anos tem retorno de 5.000% com ações da GameStop | Economia


Jaydyn Carr, de 10 anos, era dono de 10 ações da companhia, compradas por cerca de US$ 60 em 2019 – antes que a companhia entrasse no radar dos investidores responsáveis pelo rali deste ano. No fim de janeiro, ele vendeu os papéis por US$ 3.200.

A história foi revelada em reportagem do jornal The New York Times. Segundo Nina Carr, mãe de Jaydyn, as ações foram um presente ao garoto, com o dinheiro que conseguiu de desconto na compra de jogos. A ideia era ensiná-lo sobre investimentos.

As lições foram absorvidas. “O investimento de longo prazo é importante porque foi assim que consegui esse dinheiro”, disse Jaydyn ao jornal.

O garoto já sabe o que fará com seus lucros. Ele disse ao NYT que pretende economizar US$ 2.200 e investir os US$ 1.000 restantes em ações da Roblox, plataforma de jogos multiplayer, quando a empresa fizer sua oferta pública de ações.

GameStop: entenda a operação por trás da disparada de ações na bolsa de NY
GameStop: entenda a operação por trás da disparada de ações na bolsa de NY

1 min GameStop: entenda a operação por trás da disparada de ações na bolsa de NY

GameStop: entenda a operação por trás da disparada de ações na bolsa de NY

Fundos que investiram apostando contra uma empresa tiveram sua estratégia bloqueada por um grupo de investidores autônomos e acumularam prejuízos de US$ 5 bilhões.

Jaydyn teve sua parcela de sorte com a disparada do valor das ações.

A pressão nas ações da varejista de games GameStop é resultado de um efeito atípico, chamado “short squeeze”. A empresa acumulava prejuízos, por conta de um modelo de negócio calcado em lojas físicas. Assim, grandes investidores institucionais passaram a apostar na queda do preço dessas ações.

No jargão do mercado, isso se chama “operar vendido”. Para ficar vendido, o fundo “pega emprestadas” essas ações e as vende pelo preço atual, esperando que ele esteja mais baixo quando tiver que recomprá-las para devolver as ações ao dono original. Quando a ação cai, o investidor embolsa a diferença.

No caso da GameStop, todas as ações disponíveis estavam alugadas, uma aposta robusta de grandes investidores em um derretimento da empresa. Com esse dado em mãos, pessoas físicas passaram a comprar as ações em ação combinada pelas redes sociais, fazendo o preço subir. Isso obrigou os fundos a desfazer a operação para evitar perdas ainda maiores.

Os fundos em questão são os chamados “hedge funds”, fundos que tem a proteção do patrimônio como característica. As perdas, portanto, não são bem recebidas. Os gestores acabam obrigados a gastar mais dinheiro para cobrir a diferença e cria-se, aí, uma bola de neve de valorização.

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Fonte: G1